É uma forma de dança social que se desenvolveu
como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. Muitas
danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes se colocam em fileiras. Embora
as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição , vão mudando com o
tempo, mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos
os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua
nação, como por exemplo: a tarantela, italiana, o drmes, croata ou o krakowiak,
polonês e o frevo brasileiro. Algumas são executadas em ocasiões especiais,
como a polca de Natal sueca, a hayivka, dança da Páscoa ucraniana, a
hochzeitstanz, dança austríaca de casamento e o reisado brasileiro, que festeja
a véspera do dia de Reis.
Cateretê -
Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em
muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua
catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto
os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos
caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os
trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região
do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um
lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode
ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.
Coco
Alagoano- Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por
todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é
cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos
cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é
respondido pelos cantadores.
Congada -Bailado
popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados
do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta
manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de
guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na
congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de
companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde
serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos,
realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.
Fandango -Dança
popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como
Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas
náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos
navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo
ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma
miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos
componentes do grupo de dança.
Maracatu -
Dança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo
africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das
religiões afro-brasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos
orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis, rainhas, princesas, índios
emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão
a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que
acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação
do rei e da rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu,
a rainha ergue a calunga para abençoar a "nação". Atrás vão os
personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão
recitando versos que evocam histórias regionais.
Frevo -Dança
e música típica do carnaval de rua e salão de Recife, Pernambuco.
Essencialmente rítmica, de coreografia individual e andamento rápido. Seus
dançarinos, chamados passistas, se vestem com fantasias coloridas e agitam
pequenos guarda-chuvas com função somente estética. Alguns pesquisadores dizem
que o frevo possui elementos de várias danças como marcha, polca ou maxixe,
outros pensam que ele foi influenciado pela capoeira. O frevo não é cantando,
sua música só é executada por instrumentos de sopro e surdos, que formam a
orquestra do frevo conhecida como Fanfarra.
Reisado -Dança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se
festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de
janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em
porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas
por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em
Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os
temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são
encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe
de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre,
figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona,
ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.
Xaxado -Dança
popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as
sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as
comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião",
considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço. É dançada somente
por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a
melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no
chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi
Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões
e teatros.
Baião -Dança
e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde
havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao
sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil , por
intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu
primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950,
este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião.
Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente,
o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias
orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a
aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influencia em muitos
compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer
muito sucesso no nordeste.
(Folclore Brasileiro)
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