Aucides Sales, militante do Movimento Indígena Potiguara.
Agente
que é potiguar, é forçado a aprender a cultura e a história da Europa. Agora a
lei 10369 obriga agente a aprender, cultura e história da África.
Isso é revoltante! E porque não focar a
cultura e a história dos nossos avós indígenas
que são os primeiros habitantes do Brasil?. Porque os estrangeiros aqui,
sempre são os primeiros?
aparte de um aluno do mine-curso sobre a cultura e a
história da África na sala de aula, ocorrido a 11 de outubro de 2007 no XI
encontro de professores de história, em Natal, no campus da UFRN.
Poderíamos
iniciar discorrendo sobre quem deseja africanizar o nosso Brasil caboclo, para
que, e depois como é feita a africanização.
Quem
deseja africanizar o Brasil?
A Direita ou a Esquerda? Que força fez
nascer a lei 10369? Obviamente o chamado Movimento Negro que aparentemente
conseguiu fazer acontecer outras coisas deste tipo. Vejamos:
Que o IBGE conte
como descendente de africano, todas as pessoas morenas.
Vagas na
Universidade e no serviço público, sem concurso para a mesma casta.
Participação nas
publicidades das instituições governamentais, BB, Caixa, BNB, Petrobrás, Ministérios,
Governos e Prefeituras, etc.
Criação do dia
da Consciência Negra.
Terras e
programas de governo para os chamados carambolas, digo, quilombolas.
O dito Movimento se
subdivide em Movimento Negro
Unificado e Movimento Negro Socialista. A primeira vista o
segundo grupo é de esquerda, e já manifestou discordar de reivindicações acima
citadas. Resta portanto a pecha da direita ao Movimento Unificado.
Elementos do MNU são
encontrados em
muitos Ministérios e Universidades e se apresentam na maioria
dos programas formadores de opinião pública. No XI Encontro de Professores de
História, em outubro do ano passado no campus da UFRN a Mestra Geovana Cortez
professora da UNICAMP no mine curso sobre a aplicação da lei 10369, citou a
colaboração da Fundação Ford na Universidade brasileira quando foi
interrompida por um aluno que leu uma nota sobre as fundações Forde e
Roquefeler, ambas norte americanas e difusoras da política do apartaiade onde
não se admite mestiçagem. Refrescando a memória, Nelsom Roqueféler patrono da
segunda fundação, é o idealizador da famigerada Política Colonialista da Boa
Vizinhança. Acreditamos já haver provas
suficientes para apontar o Movimento Negro Socialista com a mão direita.
Portanto é a Direita
que pretende africanizar nosso país indígena.
Para que?
Nicolau Maquiavel
afirma que em tempos de paz, dividir o povo é uma boa forma de reinar.
Nas Américas, a
riqueza com certeza se encontra nas mãos dos caucasóides ficando a miséria para
os indígenas e africanos. Jorge Buche, chefe caucasóide do império norte
americano, tem como secretária de estado a quilombola Condolessa Arroz, antes
tinha na mesma função outro africano chamado Colem Poder sendo que na ONU,
governava outro negróide, o Cofi Anã, na mesma época. Contra o Buche, esta o
caboclo Hugo Chaves e o índio Ivo Morais além o Comandante Marcos, chefe do
Movimento Sapatista dos indígenas mexicanos. A divisão já existe, e está bem
claro quem são os interessados em africanizar nosso Pindorama para melhor
reinar sobre os miseráveis das Américas, divididos.
No Brasil as
pretensões do MNU já fizeram surgir dois focos de oposição, um deles na própria
Bahia e outro no Pará onde mestiços se organizam para cobrar o direito de ser
mestiço assegurado por nossa constituição.
Como africanizam o Brasil?
Outra tática do MNU
é negar a existência do contingente indígena como formador de nossa população e
cultura, afirmando que essa população foi dizimada e que pouco contribuiu para
a nossa formação cultural. A supra citada mestra Geovana Cortez, também afirmou
que a influencia das línguas africanas no português do Brasil era de tal
tamanho que o idioma deveria por tanto se chamar “pretoguês”. Talvez a mestiça
de africano e europeu desconheça que a língua indígena foi falada até 1755 por
todos os brasileiros, quando foi proibida por ser uma ameaça a unidade do reino
de Portugal. Parece ser bem óbvio que as línguas africanas (nagô e quimbundo),
usadas apenas por africanos, não poderiam influenciar a fala brasileira, mais
que a língua geral que era usada por todos, inclusive os próprios
africanos.
O MNU sonha em fazer
o mundo acreditar que o Brasil é o maior pais negro depois de Nigéria, por isso
exigiu que o IBGE conte todos os morenos, mesmo os descendentes de indígenas,
como descendente apenas de africanos. Isso é uma estupidez.
Uma grande esperteza
deles é exigir o ingresso de descendentes de africanos nas universidades e no
serviço público sem concurso. Neste nosso pais cuja riqueza esta na mão de uma
insignificante parcela de nossa população, existe muito galego pedindo esmola,
e já é descriminado pelo seu estado de miséria e agora também o é por não
descender de africanos e se for caboclo mesmo tendo a pele morena, vai ficar em
desvantagem na competição com os descendentes de africanos, que por ter
ancestrais africanos, tem maior possibilidade de ter a pele mais escura, pois a
pele dos africanos é muito mais escura
que a dos indígenas.
Outra distorção do
movimento negro é a forma de
inclusão de africanos nos comerciais institucionais. Os elementos escolhidos
para participarem das gravações dificilmente teem o cabelo pixaim, são de pequena estatura ou pessoas cuja pele seja preta retinta, ou seja, descriminam os
negros sem mestiçagem ou de padrão de beleza africano onde as mulheres bonitas
devem ser muito gordas mode agüentar
fome. Por outro lado, apenas os europeus e seus aliados africanos aparecendo
nestes comerciais, é continuar com a exclusão na imprensa dos caboclos, índios,
ciganos e judeus e dos descendentes de africanos que apresentam maiores
características de grupos africanos de beleza menos parecida com a beleza
européia.
Diferente do dia do
índio que coincide com dia de muitas coisas, o dia da consciência negra é
comemorado com festa feita com dinheiro público. Com grupos de ripi ropi, com
diji dijêi e capoera. Ora, essa música desajeitada vem da terra de Gorge Buche,
sendo portanto mais uma pereba para a nossa cultura já combalida pela política
da Boa vizinhança, da Fundação Roquefeler e Fundação Forde, patrocinadores da
ditadura facista instalada em nosso pais desde 1964.
Nestes dias raramente
se vê um terreiro de umbanda, uma brincadeira dos congos ou dança de São
Gonçalo porque não são da moda, é “coisa de velho”. Dessa maneira é uma
comemoração artificialíssima e evocadora de elementos estranhos à referida cultura,
contribuindo para o esquecimento da tradição e perca de identidade, como é
notório.
Muitos são os meios
e maneiras desta prática
Conclusão.
“Benedita entrava, Matilde saiu”.
Acredito que todos
ainda se lembram que na entrada do Presidente Lula, a Irmã Benedita da Silva,
madrasta “daquela menina” Pitanga foi orar e golpar (cantar góspeu) com os
irmãos de fé do Presidente Gorge Buche (convertido à igreja protestante
pentecostal Metodista Uesleiana) na Argentina. Foi acusada de custear as
despesas com dinheiro do povo católico brasileiro (na mão do governo, é claro).
Quis tapar o sol com uma urupema, mas não pode esconder a verdade que fedia
muito.
Já a Secretária de
salto alto, ou seja, com estatus de Ministra. Dona Matilde Ribeiro além de
fazer algo parecido com o que fez Dona Benedita da Silva, concorda em exigir ao
IBGE para contar os chamados pardos, como componentes da população
afrodescendente. Ora, isso é negar aos pardos, descendeste de índio, o direito
de ter sua própria identidade. Uma consonância com Movimento Negro Unificado,
pois quando fala da percentagem de negros na população brasileira ela cita a
cifra de 45% de negros em nossa população e não 5,4% como acusa o censo de 1990,
portanto somando a essa taxa os 39% de pardos que o IBGE informa haver contado.
Isso é macaquear as posições das fundações racistas, Ford e Roquefeler (como
afirmam Pierre Bourdieu e Louis Wacquant) o que é muito estranho para uma
Secretária da Promoção das Políticas Públicas da Igualdade Racial. Sintam agora
na saída da quase ministra, catinga dessa igualdade que ela dizia promover.
Caboclo
Aucides Sales.
Natal 27 de
fevereiro de 2008.
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