30 de novembro de 2021

Lembrança de filmes natalinos

 


Anchieta Fernandes

        Quando chega o período entre o final de um ano e começo de novo ano, me chega à lembrança as imagens de filmes natalinos, que vi ou nos cinemas da cidade, ou nas programações cinematográficas da televisão, ou em fitas de vídeo, ou em discos para dvd. Os filmes se caracterizam como natalinos ou porque o próprio tema é o Natal, ou porque o tema, não sendo o Natal, é contado na época desta festa e em ambientes decorados com os elementos da simbologia natalina.
      Em minha memória visual cinematográfica (não importando aqui a referência prioritária às casas de exibição de filmes, e sim lembrando-me também do que vi nas telinhas caseiras) perpassam estas imagens de um doce encanto do Natal, acompanhadas de um bimbalhar mágico de sinos e corais de crianças cantando músicas folclóricas vindas das profundidades do tempo. Me marcaram principalmente 4 filmes onde, embora a intervenção dos insucessos e da maldade tente atrapalhar o vigor da mensagem natalina, esta termina por ocorrer, de uma forma ou de outra, em algum momento do filme. São eles:
        Sempre aos Domingos, de Serge Bourguignon, e que estava em cartaz a 18 de julho de 1967 no cinema Rex. A tragédia da incompreensão que cerca a beleza da amizade entre um ex-piloto de guerra e uma menina. O crítico Moura Reis escreveu sobre este filme: “em todo o filme há uma preocupação evidente: a de escrever um poema.”
         Fanny e Alexandre, de Ingmar Bergman, do qual tenho cópia em dvd comprada em banca de revista. O diretor trouxe para o cinema as memórias do Natal escandinavo de sua infância, período em que um dos personagens, ator teatral, morre de ataque cardíaco ao interpretar num auto natalino.
         A Felicidade Não Se Compra, de Frank Capra, e que estava em cartaz a 28 de agosto de 1963 no cinema Rex. Conta a história do homem bondoso que termina por se desiludir, ante a maldade e a ingratidão humana, pensando em se suicidar às vésperas do Natal. Mas Deus o socorre, mandando um anjo convencê-lo a continuar vivo e fazendo o bem.
         A Filha dos Trapalhões, de Dedé Santana, do qual tenho cópia em dvd. Filme criativo, com o final trazendo a bonita mensagem: para uma órfã que nunca viu sua mãe desde que chegou à fase de compreender como afeto fisionomias familiares, o melhor presente de Natal é encontrar e abraçar sua mãe.                                                                         

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