Eloy Castriciano
de Souza foi um jornalista, escritor talentoso e diretor do jornal “A
República” no período de 1937 a 1941. Ele teve um trabalho jornalístico
respeitável, durante este período que exerceu à frente deste veiculo de
comunicação. Além da promoção de notícias do Estado, criação de colunas com
escritores do RN, publicações de bons artigos, deu condições ao jornal de ser
uma
verdadeira escola para os jornalistas potiguares.
Escreveu
centenas de artigos, crônicas e alguns assinados com o pseudônimo Jacinto
Canela de Ferro (Cartas de um Sertanejo). Sua passagem pelo jornalismo foi tão brilhante que
lhe rendeu homenagens depois de sua morte. No próprio prédio da Republica, hoje
Departamento Estadual de Imprensa, DEI , foi organizado em 13 de novembro de 2003 o
Museu da Imprensa do RN e inaugurado um ano depois - 13 de novembro de 2004- acrescentando
o nome do patrono, Eloy de Souza.
O Museu é uma grande referência
da imprensa no Estado, onde se vê lembranças mais antigas, de como eram feitos
os jornais da sua época, e como as máquinas impressoras funcionavam. Também no
local poderemos encontrar o conteúdo da imprensa, colunas do jornal “A
República” as formas de notícias, artigos doutrinários e os romances em
capítulos. Isso, para quem for visitar ter a noção exata de como funcionava o
jornalismo do seu período como diretor deste órgão de comunicação.
Além de uma
passagem brilhante pelo Jornal “A República” antes ele tinha exercido cargo
político no RN. Em 1897, foi eleito Deputado Federal aos 24 anos de idade,
sendo o mais jovem do Brasil. Em outras ocasiões se elegeu mais de uma vez ao
cargo de Deputado Federal. No período de outubro de 1935 a 1942 foi eleito pela
Assembléia Constituinte Senador . Em sua homenagem na carreira política existe
no Estado do RN o município ‘Senador Eloy de Souza’.
Notabilizou-se
por um discurso pronunciado na Câmara dos Deputados, que depois foi publicado
em forma de livro: “O Calvário das Secas”; que inspirou o Governo Federal a
criar a Inspetoria de Obras Contra as Secas, que depois passou a chamar-se
DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, cujo regulamento foi
redigido por ele. Nasceu em Recife no dia 04 de março de 1873, mas era de
família norte-rio-grandense. Era irmão da poetisa macaibense Auta de Souza e do
também poeta e educador Henrique Castriciano, criador da Escola Doméstica. Ele
faleceu aos 87 anos, em 1959.
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