Luciano
Capistrano
Professor:
Escola Estadual Myriam Coeli
Historiador:
Parque da Cidade
Caos
Tempos modernos,
progresso sem limites,
chaminés expelem fumaças,
ares poluídos, reflexos,
cinzas descolorem o céu,
rios, mares, lagos,
águas potáveis findas,
espécies extintas,
natureza finita,
tempo indefinido,
altas temperaturas,
baixas temperaturas,
confusão climática,
geadas, secas, chuvas,
estações indefinidas
tempos loucos,
humanidade finita,
caos ambiental,
Terra, lar em perigo.
(Luciano Capistrano)
A
Igreja Católica todos os anos no período da Quaresma, realiza a CAMPANHA DA
FRATERNIDADE, nascida em Natal na década de 1960, sobre a coordenação de Dom
Eugenio de Araújo Sales. Natal, provinciana, inaugura um grande projeto de
evangelização da Igreja Católica, no inicio o apoio efetivo das “Cáritas
Brasileiras”, em uma ação com objetivos de intervir nas atividades sociais das
paroquias, além de arrecadar fundos para os projetos sociais, teve desde a
origem a finalidade de divulgar o evangelho nas diversas comunidades do Rio
Grande do Norte, logo o ideal da Campanha ganhou outros estados nordestinos,
para tanto contou a ajuda financeiras de bispos norte-americanos. Abro, aqui,
um parêntese para lembrar meu amigo velho, vivíamos o período da chamada
“Guerra Fria”, mundo polarizado entre EUA e a antiga União Soviética, neste
sentido a Igreja de certo modo concorre com os sindicatos rurais nas áreas de
influência do campo.
Claro
que para além das questões políticas ideológicas, floresceu dentro do clero
nordestino e se espalhou por todo o território brasileiro, o desejo de fazer do
evangelho algo “vivo”, neste sentido a Campanha da Fraternidade ganha as
diversas arquidioceses e no dia 26 de dezembro de 1963, sob os ventos soprados
do Concilio Vaticano II, é lançado a nível nacional a Campanha da Fraternidade
para se efetiva na Quaresma de 1964, da cidade provinciana para o Brasil. Desde
de 1970 que a abertura da Campanha da Fraternidade recebe uma mensagem especial
do Papa, assim, o movimento Natal da década de 1960, transcende as fronteiras
regionais e se transforma num dos mais significativos momentos da Igreja
Católica, agora sob as diretrizes da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil).
Nestes
anos, de existência, a Campanha tem como tom as questões sociais, fazendo da
evangelização um movimento de libertação/reflexão das condições vividas por
todos os segmentos sociais, sempre com temáticas instigantes/provocadoras a
partir das questões sociais.
Neste
ano de 2017, o tema é bem relevante: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA, a
sociedade moderna vivencia um dilema crucial, crescer economicamente com
sustentabilidade, respeitando a natureza e os habitantes desta casa comum
chamada: TERRA. Com o tema “CULTIVAR E GUARDAR A CRIAÇÃO, o objetivo da
Campanha de um modo geral é despertar nos cidadãos a consciência de “cuidar da
criação de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover
relações fraternas com a vida e a cultura dos povos à luz do EVANGELHO”. Neste
sentido as paroquias de todo o Brasil, desenvolveram ações com essa temática,
no período da Quaresma, e, em todo o ano, nas comunidades, escolas,
universidades, enfim, em todos os lugares possíveis de diálogos sobre nossos
desafios de preservação da vida. Como diz claramente o hino da Campanha da
Fraternidade 2017:
“Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe
terra, que nos acolhe, nos alegra e
dá o pão. Queremos ser os
teus parceiros na tarefa de “cultivar
e bem guardar a criação”.
Da Amazônia até os Pampas, do
Cerrado aos Manguezais, / chegue
a ti o nosso canto pela vida e pela
paz.”
A
Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o
Pantanal, a Caatinga e o Pampa, são nosso biomas, conjuntos de ecossistemas com
características semelhantes, que ao longo do tempo sofreram intervenções
históricas, desde a colonização ibérica até os dias atuais, sofrem danos do
nosso modelo econômico de ocupação do meio ambiente, claro que nem tudo é
“caos”, mas é necessário rever caminhos, mudar o norte daquilo que provoca
tragédias como a do Rio Doce em Mariana, a lógica do capital das mineradoras
foi cruel com o rio e as populações ribeirinhas, fique, então, a lição, “não é
por uma rã”, é sobre a sobrevivência da vida. Fortalecer a Educação Ambiental e
os Organismos de Defesa do Meio Ambiente é fundamental nessa perspectiva de
preservação da vida.
A
Campanha da Fraternidade 2017, nos faz um convite: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA
DA VIDA, como nos diz o lema: CULTIVAR E GUARDAR A CRIAÇÃO, criar condições
para existir o desenvolvimento econômico e social, incluir as camadas mais
carentes da população no processo de crescimento econômico, construir/plantar,
respeitando a TERRA, este é o desafio posto para todos nós.
Meu
velho amigo, finalizo, reafirmando a importância de refletirmos sobre, nossos
biomas, isso é defender a vida na sua plenitude, lembremos da Carta de Pero Vaz
de Caminha, e façamos a seguinte pergunta: Hoje o que ficou das espécies da
fauna e flora, quando aqui chegaram os “civilizados” europeus?
Nossa gostei muito dessa reflexão td que eu precisava e procurava encontrei nesse artigo..muito obg .. Barbara MG
ResponderExcluirNossa gostei muito dessa reflexão td que eu precisava e procurava encontrei nesse artigo..muito obg .. Barbara MG
ResponderExcluirFico grato por você acompanhar nossa leitura no nosso blog, e feliz por você ter encontrado no nosso artigo, tudo que queria.
ResponderExcluir