LUCIANO CAPISTRANO
Professor de História/ Esc.
EST. MyriaCieli
A
cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, compõe a região metropolitana
com os seguintes municípios; Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Monte Alegre,
Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu, Vera
Cruz e Barra de Maxaranguape. Com uma extensão territorial de aproximadamente
168,53Km², nos últimos dez anos tem apresentado uma temperatura média do ar de
27,8ºc, com uma população aproximada de 800.000 habitantes, conforme dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE .
Terra
de muitas belezas naturais, Natal e sua região metropolitana, formam um dos
mais belos cartões postais do Nordeste Brasileiro.
Dunas,
rio e mar emolduram a cidade de Natal, encantando nativos e turistas com sua
imensa beleza simbolizada no Morro do Careca (localizada na praia de Ponta
Negra, monumento natural, reconhecido pelo poder municipal); na bela Via
Costeira, avenida construída na década de 1970, lugar onde encontra-se os
maiores hotéis, o Centro de Convenções e uma das paisagens litorâneas mais
lindas. Por esta via, passeia entre as dunas e o mar, ao som das ondas e a
brisa, lugar belo de se ver.
A
capital Potiguar, conhecida por suas praias e pelo sol a iluminar por todo o
ano, por isso ser conhecida como Cidade do Sol, possui, também, dois grandes
parques ambientais. O Parque das Dunas, criado em 1977, delimitando uma área de
1.172 hectares, lugar de preservação da fauna e da flora. Em 1994 o Parque da
Dunas ( antigo Bosque dos Namorados ), foi considerado pela UNESCO, como parte
integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira. Em 2007, a
cidade ganhou o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. Em uma área de 122
hectares, inserida na Zona de Proteção Ambiental 1, além de sua grande
importância ambiental, reserva de um dos principais lenções freáticos, tem na
sua concepção arquitetônica, a assinatura do gênio da arquitetura moderna Oscar
Niemeyr. Lugares de contemplação e reflexão dos recursos naturais em solo
urbano, está é a sensação de quem visita este parques.
Natal
bela, bela cidade Natal, cantada em prosa e versos pelos cronistas e poetas:
LindaBaby (Pedrinho Mendes)
Essa é uma terra de um Deus
mar
De um Deus mar que vive para
o sol
E esse sol está muito perto
daqui
Venha e veja tanto quanto
pode se curtir
Linda terra para a mãe
gentil
Belo cai o sol sobre esse
rio
E esse rio também está perto
daqui
Venha e veja tanto quanto é
o nosso Potengi
Sempre que estiveste por
aqui
Não observaste o nosso ser
Nem aproveitaste o lindo
olhar ao céu
Venha pois não dá prá dizer tudo
no papel
Curte-se aqui ao natural
A natureza espalha o nosso
chão
Estou cantando a terra que é
o meu viver
E acontece que estou cansado
de dizer
Que aqui não tem avenida São
João
Nem o mesmo padrão que se
tem por aí
Coisas que não tem em todo
canto não se deve exigir
Isso é Natal, ninguém se dá
muito mal
Como dizem pessoas quase sem
se sentir
Linda baby, baby linda,
volte sempre aqui.
(
http://musica.com.br/artistas/pedro-mendes/m/linda-baby/letra.html acessado em
16/03/2014 )
A
cidade de Natal, guarda em sua gente, ruas, monumentos, falas, gestos,
culinária, enfim, em sua cultura traços dos povos indígenas, europeus e
africanos. Andar pelos 36 bairros da capital Potiguar, é caminhar sobre um solo
onde pisaram os potiguaras, franceses, portugueses, africanos, holandeses,
povos construtores do hoje natalense.
A
cidade fundada em 1599, cresce e deixa para o passado a denominação de “Natal?
Cidade não há tal”. Hoje a urbe verticaliza-se, o progresso segue lado a lado
com a preservação ambiental, uma relação, em alguns momentos de confronto, como
é comum as cidades, este espaço de conflitos, pois espaços das diversidades
ordenadas em seus planos diretores. A cidade de Natal tem 10 zonas de proteção
ambiental, unidades de conservação, com legislação especifica, algumas regulas
outras em fase de regulamentação. As ZPA’s tem a finalidade de preservar os
recursos naturais, fato é que Natal jé recebeu o título de cidade de ar mais
puro das américas, fato de orgulho para os habitantes da cidade esquina do continente.
Uma Natal de muita história, lembrada nas palavras saudosista do poeta:
Depois, o tempo passou,
o bonde não voltou mais
não voltou mais a cidade
do meu tempo de rapaz.
Agora, a cidade antiga
cresce no tempo e no espaço
e o progresso a moderniza
a cada dia que passa.
Mas, os sonhos continuam
os mesmos sonhos de outrora,
acalentando a esperança
que renasce a cada aurora.
(Deífilo Gurgel, p. 135,
2005 – Os bens aventurados)
O sonho renasce a cada geração, em cada época o povo de
Natal segue construindo seu lugar, sua cidade. Sonhos vividos por muitos que
nasceram ou escolheram Natal como a segunda cidade, aqui, criando raízes,
estreitando laços de afetividade. Fazendo das terras banhadas pelo rio Potengi,
o rio Grande, denominação dada pelos primeiros portugueses que aportaram na
barra de entrada do rio, vindo do além-mar, imaginaram que o rio dos comedores
de camarões, para os índios, era imenso. Uma cidade desenhada ao longo do
tempo, como disse o professor urbanista Pedro de Lima, com o viés da
desigualdade, numa luta continua buscando construir uma cidade de iguais, onde
os limites das regiões norte, leste, oeste e sul, seja apenas uma delimitação
geográfica/legal.
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