O
município de Nísia Floresta enche de orgulho os seus moradores pela
sua história e ao mesmo tempo pelo belíssimo resgate cultural que
possui. Está localizado na Região Litoral
Agreste do Estado, a 43 quilômetros da capital, onde residem cerca
de 23 mil pessoas. Situado também no Pólo Costa das Dunas
que ainda compõem as praias de Búzios,
Pirangi do Sul, Barra de Tabatinga, Barreta e Camurupim e as
Lagoas Boágua, Carnaúba, Carcará, Redonda,
Bomfim e Ferreira, que fazem parte do cenário turístico do
RN.
A
municipalidade e sua vizinhança possuem verdadeiros tesouros como a
vegetação exuberante, numerosos lagos, população acolhedora e
alimentação suculenta.
Várias atrações como o “baobá”,
uma árvore natural do continente africano e que virou um dos ícones
de Nísia Floresta, mundialmente conhecido pelo livro “O Pequeno
Príncipe”, do escritor francês Saint Exupéry. Ela possui
19 metros de altura,
plantada em 1877 por Manuel de Moura Júnior e tombada pelo
Patrimônio Histórico Nacional, no ano de 1965.
A
gastronomia da cidade oferece o
famoso camarão da região, prato predileto na culinária potiguar.
No local, existem vários restaurantes especializados em servir
Camarão, fruto da pesca, que sempre foi farta dentro das suas lagoas
e nas terras de boa qualidade para o plantio de várias lavouras.
Essa riqueza natural serviu de impulso para o progresso econômico do
povoado, que até os dias atuais se mantém baseado na agricultura,
na pecuária, na pesca e na força turística de seu litoral.
O artesanato também faz parte da economia da região. Na
comunidade de Campo de Santana, localizada no município, há um
grupo de mulheres que se dedica à técnica do labirinto, um mestiço
entre o bordado e a renda,
trazida pelos colonizadores portugueses e difundida pelo Nordeste
brasileiro. São mercadorias que decoram toalhas de banquete, panos
de bandeja, centros de mesa, palas de blusas e vestidos, entre outros
usos.
Em Alcaçuz, no mesmo município,
é uma das únicas comunidades do Rio Grande do Norte que preservam a
técnica da renda de bilros ou renda de almofada. Utilizada no
vestuário e em peças de guarnição da casa,
a qualidade e a beleza dos padrões da renda potiguar fizeram com
que, nas décadas de 1970 e 1980, essa produção tivesse grande
aceitação no mercado consumidor. Esses produtos são
vendidos atualmente tanto nas feiras municipais como na própria
localidade pelas mulheres rendeiras.
Possui
ainda o Mausoléu
de Nísia, onde
estão depositados os restos mortais da escritora Nísia Floresta. A
cidade conta com uma bela
estação de trem de estilo neoclássico, convertida em restaurante:
"Estação Ferroviária de Papary". Ela foi construída
pelos ingleses em 1881 e considerada Patrimônio histórico nacional
em 1984. O
povoado começou com o nome de Vila de Papary, mas pelo
Decreto-lei, em de 23 de dezembro de 1948, foi mudado para outra
denominação em homenagem à sua mais ilustre filha, a escritora
Nísia Floresta, que tinha como nome de batismo, Dionísia Gonçalves
Pinto.
A
literatura do Rio Grande do Norte passou a ter maior destaque devido
a ela, que nasceu
em Papary, mais precisamente no Sítio Floresta em 1810. Filha de uma
das mais importantes famílias da região, Dionísia Gonçalves
Pinto, entrou para história como uma escritora que teve coragem de
pensar e defender suas idéias, consideradas revolucionárias pela
sociedade conservadora da época. Ela entrou para o mundo literário
com um pseudônimo que se tornou internacionalmente conhecido, o de
Nísia Floresta Brasileira Augusta.
A escritora do pequeno vilarejo de Papary tornou-se famosa, sendo
admirada por muitos e questionada por outros tantos. Era tida como
extraordinária, notável, ao mesmo tempo em que era considerada
mestiça e indecorosa.
Ela após residir em diversos Estados brasileiros, como
Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, mudou-se para a
Europa onde passou o resto de sua vida. Morreu em 1885, em Rouen,
no interior da
França. No Rio de janeiro, quando morou lá, a dirigia um colégio
para moças e escrevia livros para defender os direitos das mulheres,
dos índios e dos escravos.
Nísia
Floresta foi uma das primeiras mulheres no Brasil a romper os limites
do espaço privado e a publicar textos em jornais da chamada grande
imprensa, com questões polemicas da época. Alguns de seus livros
estão sendo reeditados e suas idéias voltam para nos lembrar um
pouco da sofrida história das mulheres pelo reconhecimento de seus
direitos e de sua capacidade intelectual. A esta mulher o povo
brasileiro deve as primeiras e mais importantes páginas dessa luta,
pela coragem revelada em seus escritos e pelo ineditismo e ousadia
de suas idéias.
Os
primeiros habitantes da região de Papary, conhecida desde 1607,
foram os índios Tupis. O Nome Papary originou-se de uma lagoa de
pesca abundante, existente no território, ao lado das lagoas
Guaraíras e Papeba.
Com a fusão das línguas tupi e portuguesa, o nome do lugar modificou para o Papary, com o qual foram denominadas a Lagoa e a Vila. Só através de um Decreto-lei, em 1948, que se transformou no município de Nísia Floresta.
Com a fusão das línguas tupi e portuguesa, o nome do lugar modificou para o Papary, com o qual foram denominadas a Lagoa e a Vila. Só através de um Decreto-lei, em 1948, que se transformou no município de Nísia Floresta.
Além
das atividades agropecuárias tradicionais na região e do turismo,
destaca-se na economia do município de Nísia Floresta o
crescimento da carcinocultura (cultivo
de camarões), por tal motivo que ganhou o apelido de "a
terra do camarão”.
Na cidade se localiza, também, Barra de Tabatinga, que ao
entardecer é comum que a praia seja visitada por golfinhos nas
proximidades do “Mirante dos Golfinhos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário