9 de setembro de 2016

O mistério sobre a morte de Albert Camus


Por Franklin Serrão

Às 14:10 horas, na Rodovia Nacional 5, entre pont-sur-Yonne e Paris, um acidente de carro desativava o corpo mais denso do escritor francês Albert Camus (1913-1960). Uma batida, choque contra uma árvore, que ali existia nas laterais da pista, roubava prematuramente a vida do escritor.
Apesar de tal acidente ser um fato, bastante claro, as atividades como ativista político de Albert Camus, ainda hoje trazem luzes a teorias conspiratórias sobre sua morte. Entre essas “talvez existam muitas” sabemos de duas, que certamente, são perfeitamente possíveis. Sem o menor pudor e sem querer aderir a enormidades de fatos exagerados, podemos afirmar que elas desafiam, como teorias que são, a imaginação e o senso de que, de modo, muito pouco sabemos. Pareceres levianos, nesse caso, talvez seja o mais próximo da verdade que em suma conseguiremos atingir. E de outras maneiras, uma certeza é fato nisso tudo, pois, sabemos que a causa de tudo o que existe, tem sua origem em outros lugares; os outros planos são os maestros de todos os fenômenos que existem na terra.
Então, para voltar às teorias, uma delas sugere que Albert Camus, sobretudo, enfureceu o Kremlin russo e meio mundo de comunistas quanto, por sua vez, severas críticas fez “em artigo publicado na revista francesa Franc-Tireur “contra a repressão soviética à revolução húngara de 1956. Na ocasião, a Hungria, país pertencente ao bloco comunista soviético, revoltou-se contra o regime stalinista russo que, sem demoras, reprimiu a ação. O que tinha começado com uma revolta de estudantes e uma estátua de Stálin ao chão, terminou — após a derrota das forças húngaras — com a morte de 20.000 pessoas, onde 350 foram enforcados, 13 mil foram presas e mais de 200.000 fugiram, tornando-se refugiadas. Lembramos que a revolta húngara era por independência e por um socialismo mais “verdadeiro”. Entrementes, depois do tal artigo na Franc-Tireur, apareceram teorias conspiratórias afirmando que, de fato, como represália, um suposto assassinato seu teria sido articulado pelos stalinistas— ação pensada no seio do império soviético. Ih fim de papo.
Entrementes, eu fico com a outra versão, talvez mais absurda, mas não menos fantástica “ num sentido misterioso, claro. Minha versão, ou melhor dizendo, a outra famosa teoria conspiratória, afirma, sem nenhuma censura quanto ao caráter sobrenatural do ocorrido, que Camus teria sido vítima, não de atentado político mas, do destino — estava na hora errada, no lugar errado. Decerto, o tal lugar de sua morte, de fato, tem um caráter sobrenatural e misterioso pois, várias vezes, fez no mesmo canto, em outras mesmas circunstâncias, outras vítimas. De fato, amaldiçoada é então a tal estrada.
Concluindo, ainda sobre o fato, o que implica adjetivos e malefícios sobrenaturais à estrada, o próprio Camus zombava, fazia pouco a respeito da tal

“maldição” do quilômetro 88,4 da Rodovia Nacional 5. Em todo caso — coincidência ou sabotagem — o grande escritor foi a décima terceira vítima do plátano (árvore) do quilômetro 88,4 dessa enigmática rodovia francesa.

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