Caros leitores transcrevo um
artigo que a meu ver deveria ser analisado com um olhar mais atento antes do
nosso voto:
O nó cego dos acordos políticos, escrito por Eduardo
Tessler que é
jornalista e consultor de empresas de comunicação.
“Os partidos políticos existem para defender uma posição, uma ideia.
Exibem nomes pomposos, às vezes propaganda-enganosa. Popular, social e
democrático todos dizem ser. Há o popular sem povo, o social tirano e o
democrático autoritário, mas isso é outra história.Na sopa de letrinhas das
siglas sobra construção de acordos estranhos, seja na pronúncia de seus nomes,
como na lógica política dos acertos.
O segundo turno foi criado para que pudesse haver um debate de ideias e
propostas no primeiro turno. Algo aberto, para que duas tendências chegassem à
disputa de cabeça-contra-cabeça, e aí sim os demais partidos assumindo o apoio
a um ou a outro.
Mas hoje não é assim que funciona.
Há algo mais estranho do que o ex-presidente José Sarney – e seu PMDB –
apoiar Dilma Rousseff do PT? Há 21 anos, na corrida ao Planalto vencida pelo
pelo caçador-cassado Fernando Collor, Ulysses Guimarães e Luiz Inácio Lula da
Silva representavam esses mesmos dois partidos. O posicionamento político de
ambos era muito mais próximo do que Sarney e Dilma. Mas cada um defendeu seu
ideal, nada de acordos em primeiro turno.
Havia uma defesa de ideais, uma originalidade em cada sigla. Hoje há uma
defesa de cargos, um interesse alheio em cada sigla.
Os partidos negociam cargos e vantagens com uma cara-de-pau inédita. As
alianças não se dão mais em torno de um objetivo. Não se vê mais a união de PZZ
com PXX pelo desenvolvimento da educação no país. Ou PY com PK para acabar com
o caos da saúde pública. Não, nada disso. Os acordos são em benefício de quem
faz o acordo. E o eleitor ainda precisa escolher entre aqueles que se
apresentam e pedem votos. Afinal, o voto é obrigatório no Brasil.
Acabou-se a originalidade política no Brasil.
O colecionador de processos e ex-governador do Rio Anthony Garotinho
tentou unir o país em torno de um objetivo: garantir um salário-mínimo
equivalente a US$ 100. Hoje o salário está em torno de US$ 300.
Agora tudo gira em torno das vantagens para o partido e seus
colaboradores. E, para disfarçar, aparece uma palavra mágica: governabilidade.
Em troca dos votos da Câmara e do Senado qualquer pecado tem perdão.
Os partidos estão enroscados em alianças sem fundamento político.O
cúmulo da incoerência no momento é o PP, partido de Paulo Maluf e de Severino
Cavalcanti, que apoia Dilma.
Como? Para não parecer tão esdrúxulo, o presidente do PP, Francisco
Dornelles, diz que não há garantia de um “apoio amplo”, mesmo que 20 dos 27
diretórios estaduais queiram Dilma. Dilma condena tudo o que o PP defende. É a
união do Zorro com o Sargento Garcia, sustentando o insustentável.
Fica difícil dar aval a acordos tão forjados como esse. Mas no
troca-troca de favores e cargos, vale tudo.
Alguém, por favor, desate o nó cego e apresente uma idéia original, que
apenas pretenda fazer o bem do país”.
O mérito do Advogado é não
fugir da luta, ao contrário, sua satisfação só se alcança com a vitória acerca
da dificuldade.
Dr. Carlos Cardoso
,Advogado Causas cíveis ,trabalhistas e criminais.
Rua Desembargador José
Gomes da Costa, 1645, Capim Macio – Natal/RN – contato (84) 9994 8435.
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