Por
Flávio Rezende *
Todos os seres em estada
transitória neste lar chamado Terra apresentam virtudes e
deficiências, características que enquadram nossa raça no time dos
ainda em estado evolutivo. Enquanto devo ter alguns aspectos de minha
existência com tendência para o lado bom e positivo, óbvio que
também tenho que entrar nos eixos em alguns aspectos e, entre eles,
já confesso certa queda na ingestão um pouco além do necessário,
de gêneros alimentícios a nosso dispor em todos os momentos.
Para corrigir o rumo e tentar
seguir mais ágil e lépido pelo mundo desejável da saúde física,
tenho minhas cartas na manga, como seguir em direção ao maravilhoso
spa do casal Egídio Dantas/Wanderléia Firmino, localizado na
aprazível cidade praiana de Rio do Fogo, litoral norte do lugar ao
qual pertenço, o Rio Grande do Norte.
Recentemente estive naquele
abençoado espaço para, mais uma vez, sentir o gostoso e desejado
prazer de ver aqueles renitentes números da balança, darem uma
marcha à ré e encherem de esperança meu ser neste caminhar para o
corpo mais saudável, ficar.
O bom no spa Termas Center é
que você sai da rotina e pode acessar outros mundos, um pouco
enevoados ou parcialmente encobertos nas urbanidades das metrópoles,
sempre emolduradas e maquiadas de tal forma, que envolvidos pelo
estresse, vamos percebendo cada vez menos a presença do que chamamos
de natureza.
Em Rio do Fogo tenho a
oportunidade de caminhar e, sozinho por opção, consigo estabelecer
uma harmoniosa conexão entre a minha natureza interior e a natureza
formada pelas árvores, rios, mares, jardins e animais em geral,
extraindo desta mina de preciosidades, joias tão raras, que
normalmente extasiam meu ser e me remetem a estágios avançados de
beatitude, chegando muitas vezes ao ponto de chorar de contentamento
e, agradecer com profundidade e realidade, minha estadia por lá.
Nesta ultima passagem pelo spa
tive a sorte de ser promovido a um lugar encantador do Termas Center,
um apartamento cercado de altas árvores, com gramado a frente,
piscina, um lindo jardim e objetos decorativos, além de uma
providencial rede como altar, onde repousei meu corpo físico,
deixando o mental viajar e buscar a mais perfeita harmonia com o
espírito das coisas belas, das energias puras, da natureza
esplendorosa e ali ricamente representada.
A cada observação, estando
ótimo interiormente, casei meus bons pensamentos e minha gratidão
pela graça de ali estar podendo desfrutar tal visão, com tudo que
me cercava e tocava, como a brisa sem igual dos 23 graus perfeitos,
aveludando minha pele e carnavalizando meus poros em sensação sem
igual, como aquele sol rútilo e belo, que pintava o céu do mais
perfeito azul anil e oferecia o mais abrangente passaporte para
ingresso imediato e sem burocracia no universo do espaço, das
brancas nuvens e dos pássaros a cantar e a pousar na grama, como a
me saudar em animadas gorjeadas.
As caminhadas revelaram a cada
instante, memoráveis prazeres físicos, espirituais e mentais, tendo
como indutores os pescadores e seus ofícios praianos, as crianças e
as pelotas na beira-mar, as conchas, as vacas, as flores, as
saliências naturais das rochas e das dunas e falésias, o vento, o
sol, a chuva, o mar, a vida, esplendorosa, amorosa, sempre ali
disponível para todos nós, ricos, pobres, pretos, brancos, gordos e
magros, clamando unicamente por atenção e, nos relembrando a todo
instante, que para ter acesso a tão maravilhoso e fantástico
universo, basta sintonizar a nossa natureza interior na mesma
frequência da exterior.
Quando as duas naturezas
entram em comunhão, o silencio reina, a alegria toma conta, a
lágrima do êxtase verte e a vida festeja ecoando aos quatro cantos
feito mantra: isso é DEUS, isso é DEUS...
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