Bené Chaves
Na tarde/noite de um
mês primaveril vi
aquele homem se despedir de ti sorrindo.
A moça alegre, solta, rebelde...
Mas, no nascer de novos dias, a vida o
intrigou com inquietantes ilusões.
Era a ebulição de épocas frias
que
inundavam seus frágeis sentimentos.
Ele suplicou pelo passado em vão, a presença
de mútuos e múltiplos aconchegos. O sublime!
Queria rir às gargalhadas, mas terminou chorando
ruidosamente diante da insensatez.
O irreal bateu em seu peito e feriu sua alma já
trincada e sombria. Um bombardeio de mágoas.
Seriam os encontros e desencontros de um dia sem
encantos. Algo desfloresceu para ele.
E o sofrimento não teve tréguas diante das regras
e réguas impostas. Sem respostas.
A vida vã... Ele dizia, existo... Sofro, não existo?
E o homem, então, indagou:
- Amo ainda o amor que não quis me amar!
Saí do escurinho do cinema e vi com
melancolia
o amanhecer da velha e tenaz aurora.
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