Aniversário de centenário vai reunir familiares e convidados no dia 29 de maio com missa e festa em clube aicoense
“Nem sei o que Deus quer
fazer comigo, nessa idade”, é assim que o sertanejo Ozério responde pelo fato
de estar aniversariando 100 anos de vida. Nascido em Caicó, no dia 29 de maio
de 1916, José Ozério de Araújo comemora seu centenário na mesma data, deste
ano, rodeado de filhos, netos, bisnetos, um tataraneto, noras e genros, além de
amigos e vizinhos, que são muitos. “Pois é, nem sei não, reunir a família,
muitos netos, que nem conheço, vai ser uma algazarra e tenho filho que mora
fora que nem lembro mais das feições dele”, disse.
Católico, Ozério nunca semeou inimizade, praticando a boa vizinhança, seu maior trunfo de todos esses anos que já somam um século. Casou-se na véspera data de nascimento do Menino Jesus, em 24 de dezembro de 1943, com Maria Diniz de Araújo (1926-2000), dez anos mais nova, conhecida por “Neném”, e dessa união, que durou 57 anos ao ficar viúvo, colheram 19 filhos, três perderam ainda criança e outros três já adultos.
Católico, Ozério nunca semeou inimizade, praticando a boa vizinhança, seu maior trunfo de todos esses anos que já somam um século. Casou-se na véspera data de nascimento do Menino Jesus, em 24 de dezembro de 1943, com Maria Diniz de Araújo (1926-2000), dez anos mais nova, conhecida por “Neném”, e dessa união, que durou 57 anos ao ficar viúvo, colheram 19 filhos, três perderam ainda criança e outros três já adultos.
“Trabalhei muito e fiz de tudo, plantei batata,
quebrei pedra”, confessa e relembra que aos 17 anos trabalhou na construção do
açude Itans, obra iniciada pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas) em 1932 e que durou quatro anos para ser concluída, o maior reservatório
de água da região. E foi no Itans que criou a família, onde ainda jovem, ao se
casar, foi morar como arrendatário de vazante em 1944, permanecendo por mais de
quarenta anos. Ao se aposentar, decide morar na cidade, e já se vão trinta
anos.
Dividindo a luta do campo com outras atividades, Ozério ressalta que conseguia desenvolver sua outra habilidade de pequeno comerciante de cereais na feira livre de Caicó. Segundo afirma, foi ajudante de feirante do amigo comerciante Francisco Cirilo dos Santos, “Chico Nené”.
Em outro momento de sua vida, foi tangerino de animais, serviço muito comum na época em que não existiam automóveis nas estradas, embora nesse tempo começasse a surgir no sertão. Foi dessa experiência que viajou com o primo Pedro Salviano para o Sul de Pernambuco, em 1944, com um comboio de 100 animais, todos burro-mulo, para usinas de cana-de-açúcar de engenhos pernambucanos.
Aliás, Ozério é filho de José Victor de Araújo e Josefa Ferreira de Araújo, sua mãe das raízes do Umbuzeiro (localidade rural de Caicó), é irmã de Virgínia Ferreira (1869-1962), a mãe de Pedro Salviano de Araújo (1907-1981), cujo pai Salviano José de Araújo (1869-1954) é irmão de José Victor, ou seja, Ozério e Pedro são primos-carnais. Para memorizar, outro centenário da família foi do primo Francisco Salviano de Araújo (1909-2010), irmão de Pedro, comemorado em 2009. Ainda do Umbuzeiro, faleceu quase centenário, recentemente, Marcelino Antônio Costa, aos 98 anos.
Tendo a oportunidade de cursar apenas dois meses de escola, Ozério diz que aprendeu o que foi possível - além das operações da tabuada -, lições que a vida lhe ensinou pelos caminhos da boa convivência.
Dividindo a luta do campo com outras atividades, Ozério ressalta que conseguia desenvolver sua outra habilidade de pequeno comerciante de cereais na feira livre de Caicó. Segundo afirma, foi ajudante de feirante do amigo comerciante Francisco Cirilo dos Santos, “Chico Nené”.
Em outro momento de sua vida, foi tangerino de animais, serviço muito comum na época em que não existiam automóveis nas estradas, embora nesse tempo começasse a surgir no sertão. Foi dessa experiência que viajou com o primo Pedro Salviano para o Sul de Pernambuco, em 1944, com um comboio de 100 animais, todos burro-mulo, para usinas de cana-de-açúcar de engenhos pernambucanos.
Aliás, Ozério é filho de José Victor de Araújo e Josefa Ferreira de Araújo, sua mãe das raízes do Umbuzeiro (localidade rural de Caicó), é irmã de Virgínia Ferreira (1869-1962), a mãe de Pedro Salviano de Araújo (1907-1981), cujo pai Salviano José de Araújo (1869-1954) é irmão de José Victor, ou seja, Ozério e Pedro são primos-carnais. Para memorizar, outro centenário da família foi do primo Francisco Salviano de Araújo (1909-2010), irmão de Pedro, comemorado em 2009. Ainda do Umbuzeiro, faleceu quase centenário, recentemente, Marcelino Antônio Costa, aos 98 anos.
Tendo a oportunidade de cursar apenas dois meses de escola, Ozério diz que aprendeu o que foi possível - além das operações da tabuada -, lições que a vida lhe ensinou pelos caminhos da boa convivência.
Apesar das chuvas caídas neste ano, sobre a seca que se alastrou nos últimos quatro anos no sertão, o aposentado centenário exclama dizendo que o tempo está mudado, mesmo. “Os rios corriam com água, no inverno, agora ninguém vê isso, além dos açudes que secaram”, lamenta o sertanejo, que nasceu um ano depois da grande seca de 1915.
Os
números da família, atualmente, são: 13 filhos, 30 netos, 17 bisnetos, 01
trineto (tataraneto), além de noras e genros, totalizando 75 pessoas com o
anfitrião. Perto dele, em Caicó, moram seis filhos e os demais, três em
Brasília e quatro na Bahia e mais familiares em outras cidades e estados do
país, como Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Festa
A festa da comemoração centenária, em Caicó, será no Lions Clube, em Nova Descoberta, no domingo, dia 29 de maio, encontro que reunirá familiares vindos de Brasília, Bahia, São Paulo, Natal, e amigos do homenageado ilustre. A família está organizando e está prevista missa em ação de graças, celebrada pelo padre Antenor Salvino, às 10 horas da manhã, em uma tenda a ser armada em frente ao clube.
Festa
A festa da comemoração centenária, em Caicó, será no Lions Clube, em Nova Descoberta, no domingo, dia 29 de maio, encontro que reunirá familiares vindos de Brasília, Bahia, São Paulo, Natal, e amigos do homenageado ilustre. A família está organizando e está prevista missa em ação de graças, celebrada pelo padre Antenor Salvino, às 10 horas da manhã, em uma tenda a ser armada em frente ao clube.
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