Em um
terminar de manhã, a reportagem adentra a maternidade escola
Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Chegando lá, encontra o médico Iaperi Araújo, professor e Chefe do
Departamento de Tocoginecologia na mesma universidade. Nascido em São
Vicente/RN, pequena cidade seridoense localizada no micro região de
Serra de Santana.
Quando
menino, em sua terra, descobriu que possuía talentos para as letras
e as artes plásticas. É autor de uma extensa bibliografia, que já
conta com mais de sententa títulos publicados, nos gêneros: conto,
poesia folclore e ensaios. Além de textos de composições musicais,
roteiros e romances. “Faço cultura popular de uma forma bem ampla,
às vezes faço sé religiosidade. Por isso, sempre sou convidado
para participar de congressos na areia com conferencista”. Pontua
Iaperi, que concilia sua paixão pela arte e a medicina. “Logo com
vinte três anos, fui convidado a trabalhar, com o governador José
Cortez Pereira; ele procurava nas universidades, alunos que se
destacavam. Foi ai que ele me convidou ser secretário adjunto de
saúde, na época em que acabara de me formar”. Rememora, após
mais de uma hora de conversas regadas a bons goles de cafezinho.
Cultura
Popular
O autor
de “Medicina Popular e Chão de Epidauro”, com um dos bons
discípulos de Câmara Cascudo, firmou boa parte de suas atividades
intelectuais na Cultura Popular e dela retira inspiração para seus
livros e telas. “Não só minha cidade, mas todo o Seridó é rico
em Cultura Popular” afirma. Na pintura de Iaperi há uma constante
temática de brincantes e folguedos, tais como: Pastoril, Lapinha e
festejos religiosos. Realizou exposições de seus quadros dentro e
fora do Brasil.
Entretanto,
o médico Iaperi, não se limitou apenas a medicina, ao passo que,
buscando vem ao logo dos tempos na sabedoria de cunho popular
subsídios pra suas produções literárias. Entre as homenagens e
condecorações recebidas está à comenda “cultural Deífilo
Gurgel” conferida pelo Governo do RN.
Sempre
lidado a movimentos cultuais, fato que o levou a ser: presidente da
Comissão Norte – Rio - Grandense do Folclore, presidente da
Fundação José Augusto, presidente do Conselho Estadual da Cultura
e Imortal da Academia Norte – Rio – Grandense de Letras, dentre
outros.
Texto de Eliabe Alves,
publicado em Setembro de 2013 no Jornal Gazeta da Serra.
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