Por
Flávio Rezende*
Esta
semana está sendo marcada por picos intensos de amor por todos os
seres, especialmente pelos mais próximos, provocando em meu ser,
maravilhosas e fantásticas emoções, que só encontram nesta
vivência sem igual, uma certa dificuldade de perfeita expressão,
pelo simples fato da fala não conseguir traduzir corretamente o que
sentimentos originários no que convencionamos chamar de coração
e/ou mente, provocam na gente.
Estive
uma noite com mamãe e a observando, fiquei refletindo o quanto ela
direcionou amor para que eu pudesse ter saúde, educação, quantas
vezes me levou para cantos e recantos e muitas outras coisas que uma
mãe faz pelos filhos. Aí, a olhando com seus 80 anos, pele
enrugada, assustada com a violência externa, fechando janelas e
rezando todos os dias por todos nós, seus amados filhos, confesso
que senti uma forte emoção, um amor enorme tomou conta e eu não
consegui expressar. No meu silêncio irradiei a energia que me fez
muito bem.
Papai
fez a travessia e nos relacionamos em outro nível. Todos os dias
mando mentalmente bons pensamentos para ele e sempre sinto algo muito
forte, chegando a chorar de maneira positiva nestes momentos. Neste
caso não existe mais a necessidade da verbalização. Ele agora é
nutrido pela alimentação do amor pensamental.
Levei
meu filho Gabriel para o cinema. Rotina que temos pois os filmes
oportunizam diversão, aprendizado e convivência positiva. Em alguns
momentos o observo e sinto o amor pulsando feito vulcão por dentro.
Algo tão forte que não encontraria palavras que traduzissem
perfeitamente a fidelidade deste amor. Amo intensamente Gabriel desde
o primeiro momento de sua existência.
A
pequena Mel é outra que provoca neste apaixonado pai, sentimentos e
mais sentimentos de um amor intraduzível. Por ser pequena, nos
brinda o tempo todo com frases interessantes, carinhos repentinos,
colocando matéria prima a cada instante nesta fábrica amorosa que
só cresce, cresce e cresce e que não encontra no dicionário,
sinônimos perfeitos para o que o coração sente.
A
querida Deinha que simboliza a nova mãe, a companheira, parceira,
aquela a quem repasso os elogios que recebo, a quem mostro primeiro
os escritos que produzo, com quem faço contas, divido planos e traço
projetos, é outra que me remete a um doce amor, coroando nosso
casamento com sentimentos que tornam nossos laços mais fortes e
perenes.
E
o amor encontra ainda muitas outras fontes, como a Casa do Bem, a
UFRN, espaços que frequento, amigos e irmãos, que me abraçando
carinhosamente promovem internamente uma fonte sempre pura e límpida
deste amor universal.
Através
da oralidade esse amor pode ser expresso, mas nunca será fidedigno
de sua real intensidade interna. Através da escrita podemos tentar
passar uma ideia dele, jamais sua alma.
Então,
que todos nós, seres amorosos pelo DNA divino que herdamos, devemos
exercitar o amor, expressar o amor, escrever o amor, compartilhar o
amor para que imantados de amor o tempo todo e em qualquer lugar,
possamos nos dissolver no amor, pois só a comunhão com esta energia
primordial, nos aproximará cada vez mais do que realmente somos:
amor em forma humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário