7 de janeiro de 2015

NATAL RESPIRA HISTÓRIA!



LUCIANO CAPISTRANO
Historiador/semurb
Professor de História/ Esc. EST. MyriaCieli

A cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, compõe a região metropolitana com os seguintes municípios; Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Monte Alegre, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu, Vera Cruz e Barra de Maxaranguape. Com uma extensão territorial de aproximadamente 168,53Km², nos últimos dez anos tem apresentado uma temperatura média do ar de 27,8ºc, com uma população aproximada de 800.000 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE .
Terra de muitas belezas naturais, Natal e sua região metropolitana, formam um dos mais belos cartões postais do Nordeste Brasileiro.
Dunas, rio e mar emolduram a cidade de Natal, encantando nativos e turistas com sua imensa beleza simbolizada no Morro do Careca (localizada na praia de Ponta Negra, monumento natural, reconhecido pelo poder municipal); na bela Via Costeira, avenida construída na década de 1970, lugar onde encontra-se os maiores hotéis, o Centro de Convenções e uma das paisagens litorâneas mais lindas. Por esta via, passeia entre as dunas e o mar, ao som das ondas e a brisa, lugar belo de se ver.
A capital Potiguar, conhecida por suas praias e pelo sol a iluminar por todo o ano, por isso ser conhecida como Cidade do Sol, possui, também, dois grandes parques ambientais. O Parque das Dunas, criado em 1977, delimitando uma área de 1.172 hectares, lugar de preservação da fauna e da flora. Em 1994 o Parque da Dunas ( antigo Bosque dos Namorados ), foi considerado pela UNESCO, como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira. Em 2007, a cidade ganhou o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. Em uma área de 122 hectares, inserida na Zona de Proteção Ambiental 1, além de sua grande importância ambiental, reserva de um dos principais lenções freáticos, tem na sua concepção arquitetônica, a assinatura do gênio da arquitetura moderna Oscar Niemeyr. Lugares de contemplação e reflexão dos recursos naturais em solo urbano, está é a sensação de quem visita este parques.
Natal bela, bela cidade Natal, cantada em prosa e versos pelos cronistas e poetas:
LindaBaby (Pedrinho Mendes)

Essa é uma terra de um Deus mar
De um Deus mar que vive para o sol
E esse sol está muito perto daqui
Venha e veja tanto quanto pode se curtir

Linda terra para a mãe gentil
Belo cai o sol sobre esse rio
E esse rio também está perto daqui
Venha e veja tanto quanto é o nosso Potengi

Sempre que estiveste por aqui
Não observaste o nosso ser
Nem aproveitaste o lindo olhar ao céu
Venha pois não dá prá dizer tudo no papel

Curte-se aqui ao natural
A natureza espalha o nosso chão
Estou cantando a terra que é o meu viver
E acontece que estou cansado de dizer

Que aqui não tem avenida São João
Nem o mesmo padrão que se tem por aí
Coisas que não tem em todo canto não se deve exigir

Isso é Natal, ninguém se dá muito mal
Como dizem pessoas quase sem se sentir
Linda baby, baby linda, volte sempre aqui.
( http://musica.com.br/artistas/pedro-mendes/m/linda-baby/letra.html acessado em 16/03/2014 )

A cidade de Natal, guarda em sua gente, ruas, monumentos, falas, gestos, culinária, enfim, em sua cultura traços dos povos indígenas, europeus e africanos. Andar pelos 36 bairros da capital Potiguar, é caminhar sobre um solo onde pisaram os potiguaras, franceses, portugueses, africanos, holandeses, povos construtores do hoje natalense.
A cidade fundada em 1599, cresce e deixa para o passado a denominação de “Natal? Cidade não há tal”. Hoje a urbe verticaliza-se, o progresso segue lado a lado com a preservação ambiental, uma relação, em alguns momentos de confronto, como é comum as cidades, este espaço de conflitos, pois espaços das diversidades ordenadas em seus planos diretores. A cidade de Natal tem 10 zonas de proteção ambiental, unidades de conservação, com legislação especifica, algumas regulas outras em fase de regulamentação. As ZPA’s tem a finalidade de preservar os recursos naturais, fato é que Natal jé recebeu o título de cidade de ar mais puro das américas, fato de orgulho para os habitantes da cidade esquina do continente. Uma Natal de muita história, lembrada nas palavras saudosista do poeta:

Depois, o tempo passou,
o bonde não voltou mais
não voltou mais a cidade
do meu tempo de rapaz.

Agora, a cidade antiga
cresce no tempo e no espaço
e o progresso a moderniza
a cada dia que passa.

Mas, os sonhos continuam
os  mesmos sonhos de outrora,
acalentando a esperança
que renasce a cada aurora.
(Deífilo Gurgel, p. 135, 2005 – Os bens aventurados)


            O sonho renasce a cada geração, em cada época o povo de Natal segue construindo seu lugar, sua cidade. Sonhos vividos por muitos que nasceram ou escolheram Natal como a segunda cidade, aqui, criando raízes, estreitando laços de afetividade. Fazendo das terras banhadas pelo rio Potengi, o rio Grande, denominação dada pelos primeiros portugueses que aportaram na barra de entrada do rio, vindo do além-mar, imaginaram que o rio dos comedores de camarões, para os índios, era imenso. Uma cidade desenhada ao longo do tempo, como disse o professor urbanista Pedro de Lima, com o viés da desigualdade, numa luta continua buscando construir uma cidade de iguais, onde os limites das regiões norte, leste, oeste e sul, seja apenas uma delimitação geográfica/legal.

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