A
cultura dos vaqueiros e do sertão é sempre resgatada em duas
cidades potiguares: Acari(novembro) e São José de
Mipibu(dezembro)."A pega de boi mostra a braveza do homem
nordestino que se embrenha em seus cavalos dentro da caatinga
enfrentando os espinhos da jurema e xiquexique para dominar o boi
valente", resume um dito repetido nos dois eventos que
homenageiam o vaqueiro do Rio Grande do Norte.
Diferente
da vaquejada tradicional que nós conhecemos, onde o boi corre numa
arena demarcada perseguido por uma dupla de cavaleiros, a Pega do boi
no mato acontece no meio da vegetação caatingueira, com os
vaqueiros vestidos com suas roupas de couro, se embrenhando em meio a
espinhos de juremas e xique-xique, em cima dos seus cavalos para
pegar o boi, demonstrando muita coragem e valentia. A Pega do boi no
mato é uma grande festa em homenagem ao sertanejo, ao homem do campo
e acima de tudo, ao vaqueiro. Uma tradição que surgiu há muito
tempo atrás quando não havia as cercas delimitando as fazendas de
criação e o gado era criado solto na caatinga. Uma tradição quase
esquecida pelos mais jovens, que mostra toda a valentia e perícia
dos vaqueiros em meio a caatinga. Para participar de alguns eventos
desse porte, em alguns deles não existe cobrança de taxa para fazer
inscrição. A premiação oferecida aos vaqueiros é feita com
troféus e dinheiro. Muito desses eventos não tem fins lucrativos,
não cobram inscrição e proporcionam aos vaqueiros e os voluntários
que trabalham durante o evento, alimentação, água, estábulo para
cavalos, currais para o gado, ração animal. Além disso, outros
detalhes como carro de som, tratadores, veterinário, banheiros
públicos, estrutura de bar, forró pé de serra, barracas,
repentistas e aboiadores, fazem parte da infra-estrutura desse grande
evento.
A
Pega de Boi cresce a cada ano e consolida-se como um dos eventos mais
importantes de resgate à cultura do Estado do Rio Grande do Norte, a
Pega de Boi no Mato, a Missa do Vaqueiro e Vaquejada Feminina são
ações do projeto do Museu do Vaqueiro. O Museu do Vaqueiro
localizado em São José de Mipibu, na estrada da lagoa de Bonfim, é
aberto à visitação de turistas e de grupos escolares que podem
agendar a visita e aprender mais sobre a cultura nordestina. O espaço
está no mesmo local onde acontece o Forró da Lua e é administrado
pelo engenheiro agrônomo Marcos Lopes e abriga vestimentas e objetos
da figura símbolo do sertão.
Ao
visitar o local, as pessoas terão uma verdadeira aula da história
do Sertão, descrita pelo próprio Marcos Lopes. Lá estão
preservadas a história e a identidade sertaneja, com peças,
documentação e obras literárias sobre o tema.
(Fonte: Internet) –
fotos: Adrovando Claro
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