14 de outubro de 2013

CONHEÇA SEUS DIREITOS

Caros leitores sigo compartilhando com vocês pensamentos e opiniões que considero de suma importância para a formação de nossa opinião. Desta feita brindo vocês com um artigo do meu amigo o professor mestrando Francisco Carlos Oliveira, o qual segue na integra:
“Onde Estão os Técnicos? Uma multinacional do ramo da mineração, instalada no Norte do país está numa busca frenética por técnicos da área de manutenção aqui em Natal e não está obtendo sucesso. Algo inimaginável tempos atrás, quando nossa antiga ETFRN/CEFET, atual IFRN formava técnicos em várias áreas, os quais eram disputados por empresas de todo o país, pela qualidade da formação e pela “pegada” característica dos técnicos oriundos desta instituição. Normalmente estes alunos eram oriundos de famílias de baixa renda e que viam na profissão de técnico uma forma de ir rapidamente para o mercado de trabalho com um bom nível de empregabilidade, o percentual dos que buscavam a universidade logo após a conclusão do curso técnico era muito baixo.
O que aconteceu, mudou a instituição? Mudou o perfil do aluno? O mercado se expandiu além da capacidade dos institutos formarem os técnicos? São perguntas sobre as quais cabem algumas reflexões. São recorrentes as reclamações do mercado sobre a falta de técnicos de vários níveis e de quase todas as áreas. Enquanto constata-se a falta de técnicos, observa-se o crescente número de aprovações nas universidades públicas de alunos formados pelo IFRN e outros institutos federais de ensino. Vale a pena a governo, através dos impostos, bancar a formação de técnicos de nível médio que fazem da qualidade comprovada dos institutos federais, notadamente o nosso, apenas como um trampolim para cursos de níveis superiores?

Temos uma crise de “bacharelismo”, de modo geral considera-se a função de técnico algo menor e cria-se uma corrida na busca de um diploma de curso superior, mesmo que o mercado não comporte tantos bacharéis ou que este mercado remunere o técnico de nível médio com um salário maior do que para os portadores de diplomas de nível superior.

Por que a função de nível médio é considerada algo menor nas empresas? Creio que é um problema cultural, e que deveria ser tratado pelas empresas como algo importante, algumas empresas já conseguiram equacionar este problema, com algumas ações entre elas, a promoção de treinamentos nos quais a participação é conjunta, deste modo os diversos níveis convivem por algumas horas em um mesmo ambiente sem a hierarquia formalizada ou não, comum nos ambientes de trabalho, fato que serve para estreitar as relações. Tive a oportunidade de participar deste tipo de treinamento tanto como técnico de nível médio, em função gerencial e ainda como instrutor e posso assegurar que é um modelo que traz bons resultados, ajuda as pessoas a trocarem informações sobre o dia a dia do trabalho e até a mapear talentos internos, por vezes ignorados.

Enquanto o mercado empregador reclama da escassez de técnicos, o governo, por meio do Ministério da Educação, implantou os cursos de tecnólogos, os quais provocam uma crise de identidade profissional. As empresas, nem as públicas e as estatais, possuem em seus planos de carreira a função de tecnólogo, este por sua vez não quer ocupar os cargos de nível médio, nem conseguem espaço como profissionais de nível superior. Resumo da ópera desafinada: Diminuíram-se os números de técnicos de nível médio, criou-se um profissional sem mercado com alto investimento em sua formação e a reclamação sobre a falta de técnicos continua”.

Francisco Carlos Lima, Mestrando em Administração, Professor e Consultor técnico (email fcarlos.lima@gmail.com).
O mérito do Advogado é não fugir da luta, ao contrário, sua satisfação só se alcança com a vitória acerca da dificuldade.


Dr. Carlos Cardoso ,Advogado Causas cíveis ,trabalhistas e criminais.
Rua Desembargador José Gomes da Costa, 1645, Capim Macio – Natal/RN – contato (84) 9994 8435.


Nenhum comentário:

Postar um comentário