25 de março de 2013

Prêmio Cláudia – Mulheres que estão mudando a face do nosso país


                  
        








 Salete Pimenta Tavares

         A revista “Cláudia”, anualmente realiza o “Prêmio Cláudia”, que representa a maior premiação feminina da América Latina. Teve sua primeira edição em 1996, com o objetivo de descobrir e destacar mulheres competentes, talentosas, inovadoras e empenhadas em construir um Brasil melhor. O evento, segundo a revista de maio de 2012 consagrou-se como referência, porque dá visibilidade a iniciativas originais e batalhas profissionais que podem ser replicadas. O certo é que, mais e mais finalistas do Prêmio provam que é possível encontrar soluções para os mais variados problemas da nossa sociedade.
          A seleção das finalistas começa no mês de março, quando a equipe do Prêmio Cláudia convida personalidades (cientistas, acadêmicos, escritores, empresários, empreendedores, cineastas) para indicar suas candidatas. São selecionados duzentos e cinqüenta (250) nomes de mulheres atuantes em 05 (cinco) categorias: Ciências, Políticas Públicas, Cultura, Negócios e Trabalho Social. Depois de uma rigorosa pesquisa, são escolhidas 15 (quinze) finalistas, sendo 03 (três) por categoria. Essas finalistas são entrevistadas e convidadas para um jantar oferecido especialmente para elas. Neste jantar são anunciadas as grandes vencedoras. No dia seguinte se realiza a festa do Prêmio.
           Além do júri formado por uma comissão de 10 (dez) personalidades, os leitores da revista “Cláudia” também podem participar votando no site: www.claudia.com.br, contribuindo assim para a escolha das vencedoras do Prêmio.
           Em 16 (dezesseis) anos de existência (2013 vai ser a décima sétima (17ª) edição do Prêmio), o evento já selecionou mulheres de todos os Estados brasileiros. “Elas servem de inspiração, transmitem perseverança e amor ao próximo, valorizam a contribuição da mulher para uma sociedade mais justa, mais solidária, mais feliz” (Revista “Cláudia”– maio de 2012).
           Em 2009 foi criada uma sexta categoria: a Homenageada Especial, que premia uma personalidade, pelo conjunto da obra e história de vida. A homenageada deste ano de 2009 foi a atriz e diretora teatral Bibi Ferreira. Em 2010, a escritora paulista Lygia Fagundes Teles. Em 2011, a escolhida foi a apresentadora de TV, cantora e atriz Hebe Camargo. Em 2012, a Homenageada Especial foi a atriz Regina Duarte, que completou 50 (cinqüenta) anos de uma carreira brilhante.
           Entre as inúmeras vencedoras do “Prêmio Cláudia” podemos destacar:
Nara Gabrilli, primeira Deputada Federal tetraplégica do Brasil, que luta por políticas públicas para deficientes físicos.
Magrid Teske, empresária do Paraná, fundadora e proprietária do laboratório Herbarium, localizado em Colombo, região metropolitana de Curitiba, e que foi premiada na categoria de Negócios, em 1996.
Erika Foreaux, na categoria Trabalho Social, foi responsável por desenvolver móveis especiais para crianças com deficiência física. Erika tem uma filha com um problema motor nos membros inferiores usando andador para se locomover.
Dane de Jade, na categoria Cultura, como Gestora Cultural, atuando no SESC desde 1998, foi a criadora do mais importante Festival de Cultura do Estado do Ceará – A Mostra Sesc Cariri, festival anual de teatro e dança. Esse festival faz o intercâmbio entre a arte tradicional e a contemporânea.
Ana Paula Felizardo, norte-rio-grandense, foi a vencedora do Prêmio em 2005, levando o troféu na categoria Trabalho Social, por sua atuação contra o turismo sexual infanto-juvenil. Hoje seu nome é referência não só no Rio Grande do Norte, seu Estado, mas em todo país. Na direção da ONG Resposta – Responsabilidade Social Posta em Prática, que ajudou a fundar em 2003, Ana Paula e sua equipe fazem campanhas em aeroportos e em eventos de turismo e capacitam taxistas, funcionários de hotéis e de agências de viagem, pressionando também políticos e empresários do setor de turismo a aderir ao Código de Conduta do Turismo contra exploração sexual infanto-juvenil, do qual foi uma das fundadoras. Ana Paula ainda desenvolve o Projeto “Aprenda a Dizer Não!” em que meninos vítimas de violência ou em situações de vulnerabilidade participam de oficinas educativas e se tornam multiplicadores em suas comunidades. Ana Paula foi a vencedora mais jovem do Prêmio Cláudia. Na época tinha apenas 26 (vinte e seis) anos de idade.
           Em 2012, Dilma Rousseff, primeira mulher na Presidência do país, foi escolhida na categoria “hors-concour”. Segundo a revista “Cláudia” de novembro de 2012, a Presidenta (não concordo com essa denominação, prefiro mesmo Presidente) recebeu reconhecimento especial pela valorização da mulher em seu governo e por suas políticas em sintonia com as lutas femininas.
           A grande celebração do Prêmio Cláudia 2012 realizou-se na Sala São Paulo, numa noite cheia de alegria e emoção, no dia 06 (seis) de outubro e reuniu mais de mil pessoas, celebridades, cantores, atores e entre elas as mulheres premiadas que fazem a diferença.

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