25 de maio de 2018

Cerro Corá - Clima frio e paisagens bonitas



Edson Benigno


          Cerro Corá é um município do RN , que se destaca por está entre o turismo do roteiro seridó. Entre os mais freqüentes roteiros oferecidos aos turistas são: escultural, de aventura, pedagógico, da melhor idade e o arqueológico. Sua beleza natural contribui para esta caminhada bela e atrativa e é por isso que o município é considerado uma opção de fazer turismo natural e atraente. Possui uma população de 11 mil habitantes e se constitui em zona de planejamento das serras centrais.
            Com um clima bastante frio e paisagens bonitas, serve de nascente para o rio mais importante do Estado, o rio Potengi. Todo mês de Maio, é realizado um grande "Festival de Inverno", com queijo e  vinho, evento que já está inserido no calendário turístico do Rio Grande do Norte. Este acontecimento  é onde reverencia o que a cidade tem de mais atraente: o frio da serra. Reúne todos os dias um grande número de pessoas oriundas de toda a parte do nordeste.
         Os monumentos naturais que fazem as pessoas que a visitam voltar ao passado e se encantar com o esplendor da natureza. Existe ainda o lago azul em Serra Verde, a nascente do rio potengi, tanques e convento, feitos de pedras. Salas e salões bem divididos que causa admiração aos mestres da arquitetura e da engenharia civil. Tudo arquitetado e construído pela própria natureza, além de pinturas rupestres, vegetação nativa e um magnífico pôr do sol.
            Muitos eventos importantes da cidade são realizados naquele local, atraindo uma multidão de pessoas. Entre estes acontecimentos estão a festa do padroeiro São João Batista, a famosa vaquejada serrana, Festa  de Nossa Senhora do Rosário, Semana da Cultura, e a Festa da  Emancipação Política da localidade,  que é realizada todo ano no dia 11 do mês  de dezembro.  
         Além das tradicionais festas de Natal e Réveillon, com muita queima de fogos existem ainda o Carnaval Serrano, que se  mantém há anos e reúne centenas de foliões no centro da cidade ao longo de todos os  três dias. Essas atrações atraem pessoas não só do município e adjacências, como da cidade  de Natal e outros Estados vizinho do RN. Já são marcos importantes da história de Cerro Corá.
            Na cidade existe o vale vulcânico adormecido há 25 bilhões de ano. Esse tipo de vulcão se caracteriza pela sua inatividade aparente que se concretizou quando houve o esfriamento da terra há bilhões de anos. Os pesquisadores deste tipo de fenômeno natural e que vistam a região, afirmam que a possibilidade deste vulcão entrar em atividade é remotíssima, por isso também é chamado de Pseudo-vulcão.
            A cratera do vulcão em sua parte mais baixa tem em torno de 700 metros de profundidade a céu aberto e é contornada por lavras endurecidas, dispersas ou alojada em blocos que tem aparência de toras de madeira preta empilhadas. A mesma é cortada em seu leito por um riacho formado em todo o seu presente em todo seu percurso por pedras de diversas cores.
            A paisagem nesta época do ano é extremamente seca e o clima quente durante o dia amenizado por um vento que não para de soprar. A noite a temperatura é mais amena com vento calmo e agradável. Cerro Corá está localizado na mesorregião central potiguar que abrange a microrregião do Seridó e adjacências. A altitude varia de  500 a 900 metros acima do nível do mar, o que favorece o clima frio nos meses de chuva.
Origem do município.
            A história que deu origem a cidade Cerro Corá começa com os índios Canindés e Janduís, que foram os primeiros habitantes da localidade. Eles começaram uma sublevação no final do século XVII, e uma expedição dirigiu-se à região com o objetivo de reprimir o levante. Mas os grupos de povoamento só chegaram à localidade com a fixação de colonizadores, apenas no século dedicado a agricultura e a pecuária.
            A primeira proprietária de terras na localidade foi Adriana de Holanda Vasconcelos, que no ano de 1764 recebeu duas datas de terras. Dona Adriana doou parte da serra que ficava em suas terras a Nossa Senhora Santana, surgindo o nome Serra de Santana. Nos idos de 1886, o Major Lula Gomes, paraibano de Picuí, proprietário da localidade chamada de Barro Vermelho, fundou o povoado de Caraúbas, nome dado em referência à existência de carnaubeiras nas redondezas.
            Com o incentivo inicial de Lula Gomes, o povoado se desenvolveu, contando ainda com o importante trabalho de Manoel Salustino Gomes de Macedo, João Soares de Maria, João Pinto, Manoel Osório de Barros e Tomaz Pereira de Araujo. A primeira residência foi de Gracindo Deitado, onde hoje existe uma loja de eletrodomésticos, na rua Sérvulo Pereira, centro.
            O primeiro nome do povoado foi Barro Vermelho, se assim dizia porque os vaqueiros que ali passavam ficavam com as roupas tingidas pelo barro daquela cor. Depois, o povoado se chamou Caraúbas, tendo passado a ser chamar Cerro Corá para não ser confundido com o município homônimo da região Oeste do Rio Grande do Norte.
             Em homenagem ao último momento histórico da Guerra do Paraguai, o Presidente da Intendência de Currais Novos, João Alfredo Galvão, o Joca Pires, no ano de 1922, mudou o nome do povoado para Cerro Corá, passando a distrito do município de Currais Novos em 1938, pelo Decreto n.º 603.
            No dia 11 de dezembro de 1953, através da Lei número 1.031, desmembrado de Currais Novos, o distrito de Cerro Corá passou à categoria de município do Rio Grande do Norte. O então deputado estadual Cortez Pereira foi o autor do projeto de lei de emancipação política do município, depois sancionada pelo então governador Sílvio Pedrosa.

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