21 de março de 2014

Presença de Deus

Conta um articulista que um farmacêutico se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Deus, com certeza, deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias a pessoas incautas e menos letradas. Talvez alguns mais desesperados que necessitavam de consolo e esperança.

            Um dia no quase crepúsculo, uma garotinha entrou  na sua farmácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Estendeu a receita médica e pediu que a preparasse. O farmacêutico embora ateu, era um homem sensível, e  emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena, que enquanto ele se dispunha a preparar a fórmula, assim ela se expressava:
            - Prepare logo moço, o médico disse  que a minha mãe precisa urgente desta medicação.

            Com a habilidade, pois era bom no seu oficio, o farmacêutico preparou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada quase a correr. Retornou o profissional para as prateleiras e preparou-se para recolocar em seus lugares os vidros dos quais retirara  os ingredientes para avaliar a receita.

            É quando se dar conta, estarrecido, que cometera um terrível engano. Em vez de usar certa substancia medicamentosa, usará a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qualquer  pessoa. As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. Nem sinal da menina. Pensou: “Onde procurá-la”? O que fazer?
            De repente, como fosse tomada de uma força misteriosa,  o farmacêutico  se indaga. “ E  se Deus existir?......coloca a mão na fronte e roga.

“Deus se existe me perdoe. Faz com que aconteça alguma coisa, para que ninguém beba daquela droga que preparei.  Salve-me Deus de cometer um assassinato involuntário”.

            Ainda se encontrava em oração, quando alguém aciona a campainha do balcão.  Pálido, preocupado,  ele vai atender. Era a  menina de trança douradas com os olhos cheio de  lágrimas e uns cacos de vidros na mão.

            - Moço , pode preparar de novo por favor!. Tropecei,  cair e derrubei o vidro. Perdir todo o remédio, o senhor pode fazer de novo a fórmula, pode?
             O farmacêutico se reanima. Prepara a fórmula com todo cuidado e a entrega dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe da menina... Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu a ler e estudar no que dizia não crer e brincava. Porque embora sua descrença, Deus que é pai de todos, atendendo sua oração   e lhe estendeu a Sua Misericórdia.

No desdobramento de nossas experiências acabamos todos reconhecendo a presença divina. É algo muito forte em nós. Mesmo entre pessoas consideradas de má vida e criminosos, encontraremos vigente o conceito.


 A crença em Deus nos dar segurança, com a certeza de que não estamos entregue à própria sorte. É muito bom conceber que, desde sempre, antes mesmo que o conhecemos, Deus já cuidava de nós.

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