14 de março de 2013

Africanizar o Brasil



     



Aucides Sales, militante do Movimento Indígena Potiguara.
                                          
 Agente que é potiguar, é forçado a aprender a cultura e a história da Europa. Agora a lei 10369 obriga agente a aprender, cultura e história da África.
   Isso é revoltante! E porque não focar a cultura e a história dos nossos avós indígenas  que são os primeiros habitantes do Brasil?. Porque os estrangeiros aqui, sempre são os primeiros?
                                         aparte de um aluno do mine-curso sobre a cultura e a história da África na sala de aula, ocorrido a 11 de outubro de 2007 no XI encontro de professores de história, em Natal, no campus da UFRN.



Poderíamos iniciar discorrendo sobre quem deseja africanizar o nosso Brasil caboclo, para que, e depois como é feita a africanização.
    Quem deseja africanizar o Brasil?
    A Direita ou a Esquerda? Que força fez nascer a lei 10369? Obviamente o chamado Movimento Negro que aparentemente conseguiu fazer acontecer outras coisas deste tipo. Vejamos:
Que o IBGE conte como descendente de africano, todas as pessoas morenas.
Vagas na Universidade e no serviço público, sem concurso para a mesma casta.
Participação nas publicidades das instituições governamentais, BB, Caixa, BNB, Petrobrás, Ministérios, Governos e Prefeituras, etc.
Criação do dia da Consciência Negra.
Terras e programas de governo para os chamados carambolas, digo, quilombolas.
                           O dito Movimento se subdivide em Movimento Negro Unificado e Movimento Negro Socialista. A primeira vista o segundo grupo é de esquerda, e já manifestou discordar de reivindicações acima citadas. Resta portanto a pecha da direita ao Movimento Unificado.
                            Elementos do MNU são encontrados em muitos Ministérios e Universidades e se apresentam na maioria dos programas formadores de opinião pública. No XI Encontro de Professores de História, em outubro do ano passado no campus da UFRN a Mestra Geovana Cortez professora da UNICAMP no mine curso sobre a aplicação da lei 10369, citou a colaboração da Fundação Ford na  Universidade brasileira quando foi interrompida por um aluno que leu uma nota sobre as fundações Forde e Roquefeler, ambas norte americanas e difusoras da política do apartaiade onde não se admite mestiçagem. Refrescando a memória, Nelsom Roqueféler patrono da segunda fundação, é o idealizador da famigerada Política Colonialista da Boa Vizinhança.  Acreditamos já haver provas suficientes para apontar o Movimento Negro Socialista com a mão direita.
                            Portanto é a Direita que pretende africanizar nosso país indígena.
Para que?
                            Nicolau Maquiavel afirma que em tempos de paz, dividir o povo é uma boa forma de reinar.
                            Nas Américas, a riqueza com certeza se encontra nas mãos dos caucasóides ficando a miséria para os indígenas e africanos. Jorge Buche, chefe caucasóide do império norte americano, tem como secretária de estado a quilombola Condolessa Arroz, antes tinha na mesma função outro africano chamado Colem Poder sendo que na ONU, governava outro negróide, o Cofi Anã, na mesma época. Contra o Buche, esta o caboclo Hugo Chaves e o índio Ivo Morais além o Comandante Marcos, chefe do Movimento Sapatista dos indígenas mexicanos. A divisão já existe, e está bem claro quem são os interessados em africanizar nosso Pindorama para melhor reinar sobre os miseráveis das Américas, divididos.
                            No Brasil as pretensões do MNU já fizeram surgir dois focos de oposição, um deles na própria Bahia e outro no Pará onde mestiços se organizam para cobrar o direito de ser mestiço assegurado por nossa constituição.
Como africanizam o Brasil?
                            Em Vila Flor, antiga aldeia de índios potiguares, pesquisadores da ASCEDELIS realizando pesquisa sobre as etnias, viram algumas caboclas afirmarem serem africanas, opiniões claramente pervertidas pela esperança de receberem auxílios dos programas assistencialistas do governo. Muitas pessoas com todos os traços indígenas (cabelos lisos, olhos pequenos e obliguos, pouco pelo e barba, pés e mão pequenos, pequena estatura, dentes miúdos) se afirmam africanas apenas por serem morenas. A super valorização do elemento africano pela imprensa nacional e norte americana leva a uma serta moda de se dizer negro.
                            Outra tática do MNU é negar a existência do contingente indígena como formador de nossa população e cultura, afirmando que essa população foi dizimada e que pouco contribuiu para a nossa formação cultural. A supra citada mestra Geovana Cortez, também afirmou que a influencia das línguas africanas no português do Brasil era de tal tamanho que o idioma deveria por tanto se chamar “pretoguês”. Talvez a mestiça de africano e europeu desconheça que a língua indígena foi falada até 1755 por todos os brasileiros, quando foi proibida por ser uma ameaça a unidade do reino de Portugal. Parece ser bem óbvio que as línguas africanas (nagô e quimbundo), usadas apenas por africanos, não poderiam influenciar a fala brasileira, mais que a língua geral que era usada por todos, inclusive os próprios africanos.  
                            O MNU sonha em fazer o mundo acreditar que o Brasil é o maior pais negro depois de Nigéria, por isso exigiu que o IBGE conte todos os morenos, mesmo os descendentes de indígenas, como descendente apenas de africanos. Isso é uma estupidez.
                            Uma grande esperteza deles é exigir o ingresso de descendentes de africanos nas universidades e no serviço público sem concurso. Neste nosso pais cuja riqueza esta na mão de uma insignificante parcela de nossa população, existe muito galego pedindo esmola, e já é descriminado pelo seu estado de miséria e agora também o é por não descender de africanos e se for caboclo mesmo tendo a pele morena, vai ficar em desvantagem na competição com os descendentes de africanos, que por ter ancestrais africanos, tem maior possibilidade de ter a pele mais escura, pois a pele dos africanos é muito mais escura que a dos indígenas.
                            Outra distorção do movimento negro é a forma de inclusão de africanos nos comerciais institucionais. Os elementos escolhidos para participarem das gravações dificilmente teem o cabelo pixaim, são de pequena estatura ou pessoas cuja pele seja preta retinta, ou seja, descriminam os negros sem mestiçagem ou de padrão de beleza africano onde as mulheres bonitas devem ser muito gordas mode agüentar fome. Por outro lado, apenas os europeus e seus aliados africanos aparecendo nestes comerciais, é continuar com a exclusão na imprensa dos caboclos, índios, ciganos e judeus e dos descendentes de africanos que apresentam maiores características de grupos africanos de beleza menos parecida com a beleza européia.
                            Diferente do dia do índio que coincide com dia de muitas coisas, o dia da consciência negra é comemorado com festa feita com dinheiro público. Com grupos de ripi ropi, com diji dijêi e capoera. Ora, essa música desajeitada vem da terra de Gorge Buche, sendo portanto mais uma pereba para a nossa cultura já combalida pela política da Boa vizinhança, da Fundação Roquefeler e Fundação Forde, patrocinadores da ditadura facista instalada em nosso pais desde 1964.
                            Nestes dias raramente se vê um terreiro de umbanda, uma brincadeira dos congos ou dança de São Gonçalo porque não são da moda, é “coisa de velho”. Dessa maneira é uma comemoração artificialíssima e evocadora de elementos estranhos à referida cultura, contribuindo para o esquecimento da tradição e perca de identidade, como é notório.
                            Muitos são os meios e maneiras desta prática
Conclusão.
                       “Benedita entrava, Matilde saiu”.
                            Acredito que todos ainda se lembram que na entrada do Presidente Lula, a Irmã Benedita da Silva, madrasta “daquela menina” Pitanga foi orar e golpar (cantar góspeu) com os irmãos de fé do Presidente Gorge Buche (convertido à igreja protestante pentecostal Metodista Uesleiana) na Argentina. Foi acusada de custear as despesas com dinheiro do povo católico brasileiro (na mão do governo, é claro). Quis tapar o sol com uma urupema, mas não pode esconder a verdade que fedia muito.
                            Já a Secretária de salto alto, ou seja, com estatus de Ministra. Dona Matilde Ribeiro além de fazer algo parecido com o que fez Dona Benedita da Silva, concorda em exigir ao IBGE para contar os chamados pardos, como componentes da população afrodescendente. Ora, isso é negar aos pardos, descendeste de índio, o direito de ter sua própria identidade. Uma consonância com Movimento Negro Unificado, pois quando fala da percentagem de negros na população brasileira ela cita a cifra de 45% de negros em nossa população e não 5,4% como acusa o censo de 1990, portanto somando a essa taxa os 39% de pardos que o IBGE informa haver contado. Isso é macaquear as posições das fundações racistas, Ford e Roquefeler (como afirmam Pierre Bourdieu e Louis Wacquant) o que é muito estranho para uma Secretária da Promoção das Políticas Públicas da Igualdade Racial. Sintam agora na saída da quase ministra, catinga dessa igualdade que ela dizia promover.
                           

                                   Caboclo Aucides Sales.
                                   Natal 27 de fevereiro de 2008.

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