Alguns municípios do RN têm no seu nome o mesmo de algumas
árvores existentes no país. Algumas delas são homenagens que se dá por serem
comuns na região. Noutros municípios, o nome é por outros motivos; como por
exemplo, Carnaúba dos Dantas, que é um
município do RN, e seu nome, segundo
alguns pesquisadores, tem como origem a
planta de mesmo nome, transplantada para fazendas pertencentes a proprietários
da família Dantas que habitavam a região. Outra hipótese do nome Carnaúba dos
Dantas é que na região do município existia grande quantidade de antas,
mamífero brasileiro, o qual teria dado origem ao nome da cidade da seguinte
maneira: Carnaúba das Antas, que originou D'Antas, que mais tarde viria a se
chamar Carnaúba dos Dantas. De acordo com o censo
realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) no ano 2008, sua população é de
7.041 habitantes. Outros municípios que têm nomes de árvores - confiram:
Angicos - Normalmente são
árvores de médio a grande porte, comuns em capoeiras ou na colonização de áreas
abertas;no inverno perde totalmente as folhas. A espécie mais comum em nossa
região é o angico-branco. Suas flores diminutas são agrupadas em pequenos
"pompons" brancos, por sua vez agrupados em cachos grandes,
revestindo de branco as copas verdes.
Possui tronco acinzentado, tortuoso e alto, com copa ampla de folhagem
rarefeita, no total chegando aos 20-25 metros . Não é difícil localizá-lo nos
capoeirões e matas da região, onde é também chamado de "angiqueiro".
De acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2004, a população de
Angicos era estimada em 11.956. O município foi emancipado de Assu em 11 de abril de 1833.A cidade
notabilizou-se pelas experiências pioneiras de Paulo Freire com
seus métodos de alfabetização. E em 2009 recebeu os primeiros alunos da UFERSA
Angicos, provisoriamente na Escola Padre Felix. No dia 28/02/2011 começou a
funcionar em sua sede própria a Universidade Federal Rural do Semi-árido
UFERSA. Angicos passou então a ser conhecida na região como Cidade
Universitária.
Baraúnas – Árvore da família das leguminosas, nativa do Brasil e
mede até 17 metros .
É também madeira-de-lei brasileira, acastanhada, chegando a ser quase negra, e
como seiva, sendo medicinal e industrial. Suas folhas são imparipenadas e
possui grandes flores amarelas. Seus frutos são cilíndricos e grossos. É também
uma árvore da chuva, como a baraúna preta, canela, canela amarela,
coração-de-negro, Maria-preta, Maria-preta-da-mata , Maria-preta-do-campo,
muiraúna, paravaúna, parovaúna, perovaú e rabo- de- macaco.
Baraúnas Localiza-se na microrregião de Mossoró. Sua população estimada
em 2004 era
de 20.693 habitantes. O município foi emancipado de Mossoró no
dia 15 de dezembro de 1981. Limita-se com o
município que lhe deu origem, Mossoró (a leste), Governador Dix-Sept Rosado (ao
sul), e com o estado do Ceará (ao
norte e a oeste), sendo Aracati(ao
norte) e Quixeré e Jaguaruana (a
oeste). O solo tem utilidade restrita para lavoura, favorecendo culturas
especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco).
Caraúbas- É derivado da existência de uma densa mata
povoada por Caraúbas (Jacarandá copaia – é seu nome científico)– árvores de
casca amargosa e flores amarelas, situadas na margem direita de um afluente do
Rio Apodi. Caraúbas é uma planta da família das Bignoniáceas.
Essa árvore é também muito comum nas
margens de um afluente do Rio Mossoró, onde no século passado sempre deu
muitas sombras aos viajantes, nas suas jornadas. Eles tinham
um ponto de descanso na várzea das Caraúbas, nome que com o tempo passou a ser
município importante do Estado do RN.
O primeiro nome dado a
Caraúbas foi Várzea das Caraúbas; depois os índios Payacus chamaram Carahu-mba
(fruta da casaca negra) – nome de uma árvore na linguagem indígena (tupy guarany);
logo após os tropeiros chamaram-na de Caraúbas, nome que passou ao Município e
posteriormente à cidade. Com o crescimento da povoação foi criado o Distrito de
Paz de Caraúbas no dia 23 de março de 1852, pela Lei Provincial nº. 250, sendo
instalado um Juizado de Paz, depois é que passou a Município e, mais tarde,
Cidade.
Monte
das Gameleiras - É uma árvore de grande porte da família das moráceas,
do gênero fícus, com madeira utilizada para a confecção de gamelas e objetos domésticos. Não se confundir
com a gameleira-branca,
que é outra árvore. Tem característica nativa em todo o Brasil, pode atingir
entre 10 e 20 metros de altura. Suas raízes se espalham,
formando uma base característica da espécie.
Seus frutos são pequenos, redondos, macios e verdes. Suas sementes também são pequenas, parecidas com as
de figo, também chamada de iroko. Suas folhas são utilizadas no preparo de água sagrada nos rituais da cultura afro- brasileira.
Monte das
Gameleiras está localizado na microrregião da Borborema Potiguar. O nome originou-se
da árvore Gameleira e acrescentando Monte, por existir área alta naquela
localidade. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) no ano 2000, sua população é de 2.541 habitantes. O lugar é
conhecido pela sua rica cultura e onde já foram realizados diversos projetos de literatura de cordel. Estas obras foram
produzidas pelo povo, somando-se à difusão popular da arte folclórica. Nessa manifestação o povo conta os costumes,
as crenças ou personagens (reais e imaginárias).
Macaiba ainda é conhecida como macaúva, macaúba, macauveira,
coco-de-espinho. A macaúba, coco - baboso ou coco-de-espinho é uma palmeira
nativa brasileira. Com altura até 15
m , a árvore é ornamental. Seus frutos são comestíveis, e
de sua amêndoa se extrai um óleo fino semelhante ao da oliveira. Do miolo do
tronco se faz uma fécula nutritiva, as folhas são forrageiras e têm fibras
têxteis usadas para fazer redes e linhas de pescar. A madeira é usada em
construções rurais.
Macaiba tem na sua
história a fundação por parte do paraibano Fabrício Gomes Pedroza,
natural de Areia. Chegando ao RN seu Fabrício casou-se e construiu a histórica
casa assombrada em terras do seu sítio. A cidade na época chamava-se Coité. Dizem
que no quintal de sua residência existia uma palmeira chamada Macaiba pela qual
ele tinha grande admiração. Então, certo dia do ano de 1855, reuniu-se com os
moradores, numa festa em sua casa e propôs mudar o nome da localidade de Coité
para Macaiba. Sua
posição estratégica, a caminho de Natal, impulsionou o comércio.
Pau dos Ferros - É uma árvore, mais precisamente de marcas fixadas
com ferro em brasa numa oiticica muito frondosa que, pela sua grande dimensão,
oferecia uma farta sombra e conseqüentemente um excelente local para o repouso
dos vaqueiros, quando chegavam cansados do difícil trabalho de campear reses
tresmalhadas.
Já o nome popular pau-ferro é usado para
várias árvores brasileiras, da família: Fabaceae Características das folhas (tamanho; persistência): pequenas;
seu crescimento é rápido e sua floração é amarela enquanto a frutificação é
vagem, e se dá mais precisamente no período entre agosto a outubro.
Em 1841, começava uma série de tentativas para
fazer de Pau dos Ferros um município. Era uma luta que unia todo o povo e
estendeu-se por vários anos. A Resolução Provincial nº 344, de 4 de Setembro de
1856, tornou Pau dos Ferros em cidade do interior do RN. O nome se deu pelo
motivo de ser um costumeiro local de parada, os vaqueiros decidiram gravar no
tronco da grande árvore, com ferro em brasa, as marcas de seus patrões, com a
finalidade de que todos passassem a conhecer os carimbos, uns dos outros, para
poderem identificar as reses perdidas nos pastos e fazê-las retornarem ao seu
dono.
Umarizal - ( Umarizeiro ) é uma árvore de grande porte, frondosa, com caule e ramos cheios de pequenos espinhos, comum no Sertão do Nordeste brasileiro. Os frutos, chamados umari, embora um pouco amargos,
comem-se cozidos ou em mingaus, por ocasião
das secas e mesmo nos tempos normais. Deles se retira uma massa (mesocarpo),
tida como peitoral e vermífuga. As folhas constituem substancial ração para o
gado; o chá das mesmas, misturadas com os brotos, passa por emenagogo e antidiarréico.
Umarizal é localizado na mesorregião do Oeste Potiguar.
No dia 27 de novembro de 1958, pela Lei nº 2.312,
Umarizal desmembrou-se de Martins
e tornou-se um novo município potiguar. A cidade já foi chamada de Gavião (nome
do povoado que deu origem a cidade, quando ainda fazia parte da comarca de
Martins) e de Divinópolis (nome que teve que ser alterado devido à cidade
homônima de Minas Gerais). Atualmente é município muito desenvolvido, não só na
parte econômica, como na sua estrutura de moradia.
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