Por
Flávio Rezende*
Hoje
decidi caminhar pelo calçadão da bela praia de Ponta Negra e
aproveitar o calor solar e a fantástica visão da natureza naquele
aprazível lugar.
Ao
chegar ao fim do calçadão observo um senhor beirando os 60 anos com
olhar estranho, enfronhando sua mão por dentro do calção de praia
e lançando um olhar muito esquisito em minha direção.
Senti
logo uma energia negativa no ar, dei meia volta e fiquei refletindo
sobre a questão da sexualidade, lembrando que sua verdadeira
natureza é a procriação do ser humano e que a utilização correta
do ato sexual, deveria seguir um roteiro de amor e de carinho,
tornando todo o processo divino e maravilhoso.
Essa
sexualidade muito defendida e praticada em todos os tempos, de todas
as formas e de todas as maneiras, me parece um pouco estranha e, ao
pensar em revelar isso nos escritos que produzo logo me veio à
mente, os ataques que sofreria, principalmente dos que me rotulariam
de moralista.
Ai
fiquei pensando o quanto as pessoas que se animam a defender alguns
posicionamentos ditos moralistas em todas as áreas, sofrem ataques
dos que pensam diferente e, são perseguidos e atacados, muitas vezes
até mortalmente.
Vejamos
Jesus. Ele se posicionou contra hábitos, leis, posições e
situações diversas do seu tempo, atraindo a ira e a mira até dos
seus pares. O resultado já sabemos.
Recordemos
Gandhi, Martin Luther King, Chico Mendes e tantos outros que, ao
defenderem coisas certas como a paz, a independência nacional e a
defesa do meio ambiente, atraíram a ira e a mira e desapareceram em
termos carnais para se eternizarem historicamente em nosso planeta.
Além
da atração dos opositores encarnados que buscam a aniquilação
moral e até física dos defensores das boas causas, existe no mundo
invisível, intensa movimentação para destruir estes ícones que
ousam falar e tornar público o correto e o ético, pelo menos no
aspecto do senso comum.
Claro
que vão surgir vozes discordantes que podem dizer que toda
sexualidade vale a pena e deve ser exercida sem preconceitos. Claro
que tem aqueles que consideram a busca pela paz uma utopia e acredita
que é através das guerras que conseguimos evoluir. Tem ainda os que
acreditam ser a moralidade uma grande falácia e que cada qual tem o
livre arbítrio para fazer o que quiser.
Bem,
realmente somos livres para fazer o que quiser, mas também
reivindico o direito de achar que o gesto do senhor em manipular sua
pemba em ambiente público, não seja algo revelador de uma
sexualidade sensata e equilibrada.
E
sendo livre para expressar minha opinião sobre assuntos diversos,
confesso que a despeito da defesa do que acho certo atrair iras e até
possíveis miras, continuarei a divulgar e a revelar o que julgo ser
o certo, o justo e o ético, pois, esse mundo dito muito moderno,
pode ser um mundo a caminho da barbárie e, neste umbral, prefiro
estar como socorrista e, nunca, como integrante.
Salve
os bons que não se intimidam com iras e miras e seguem firmes na
defesa de suas humanitárias e sensatas posições.
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